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Alguns porquês da Alimentação Viva

Quando mastigamos vegetais crus produzimos 4 vezes mais serotonina…por isso os vegetais crus são um bom anti-stress.

Não é só a importancia das enzimas nem a energia que proporcionam os alimentos crus, mas sim o facto de que a Alimentação Viva ajuda os genes anti-envelhecimento, os genes anti-inflamatorios, os genes anti-cancro e os genes-anti-diabetes…

O nosso sistema digestivo é como um grande musculo se não o usamos perdemo-lo…tão simples como isso…a comida cozida é tão mole que não dá praticamente nenhum trabalho a este musculo…até a carze cozinhada fica mole e isso tudo debilita os orgãos da digestão.

Portanto para se iniciarem em comida viva tem de entender o processo como alguém que vai para um ginásio e se começa a exercitar aos poucos.

Para conseguirmos o máximo desta alimentação existem 3 ingredientes muito simples:

Em primeiro lugar os vegetais verdes que são ricos em proteina,minerais e vitaminas…eles estão na essencia de toda a vida na terra.
Uma vaca não é nem mais nem menos que um produto da erva que come (a não ser que coma ração claro…).Por tudo isto não precisamos de comer carne para criar carne.
Em segundo lugar vem a fruta. A fruta providencia o combustivel para o corpo através do açucar (natural). Açucar para que fomos preparados para consumir naturalmente.
Em terceiro lugar vem as gorduras que existem nas nozes, amendoas, abacates, etc, e que nos protegem da toxicidade do ar e nos dão saciedade.
Quando comemos gordura de origem animal, absorvemos também todos os tóxicos que o animal absorveu ao longo da sua vida. Ingerimos uma dose dupla ou tripla de pesticidas,herbicidas, etc, que o animal acumulou ao comer plantas tratadas com esses químicos. Para não falar das hormonas de crescimento, antibióticos, vacinas, etc.
Portanto a melhor forma de comer gorduras é directamente das sementes e vegetais que são ricos nas mesmas. A maioria dos mamiferos come cerca de 80% vegetação e 20% fruta.




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Como Começar na Alimentação Viva de uma Forma Simples e Saudável

Como podem ver este blog fala de um tipo de alimentação que para muitos pode parecer “esquisito” e completamente diferente daquilo que a maioria está habituado a consumir no dia-a-dia. Muitas pessoas perguntam-me como melhorar a alimentação para dessa forma colmatarem as mais variadas condições, problemas de saude, falta de energia, obesidade, etc. 


Não sou médico mas pela experiência que tenho e muita informação que tenho recolhido ao longo do tempo sinto-me capacitado para traçar algumas linhas que poderão contribuir para um estilo de vida mais saudável, começando com a mudança de alimentação.


Os beneficios de comermos crus podem ser muitos já que a nossa alimentação natural deveria ser o mais parecida com aquela que os animais selvagens praticam na natureza.
Os animais não processam os alimentos (cozer,assar,etc). Comem-nos da forma mais natural – crus.


Imensas pessoas em todo o mundo tem revertido as mais variadas condiçõe/doenças através da Alimentação Viva. Foi o meu caso. Porém o mudar radicalmente para 


este tipo de alimentação pode ter consequências que nem sempre conseguimos compreender e fazer-nos desistir. Ficam aqui algumas dicas para quem quiser mudar.




Para quem quer iniciar-se na Alimentação Viva é Importante:

  • -Simplificar
  • -Começar aos poucos a introduzir mais alimentos crus
  • -Usar especiarias e temperos que gostamos nas versões cruas adaptadas
  • -Cortar produtos que nos prejudicam como açucar, produtos animais, alimentos processados, refinados, etc
  • -Evitar liquidos às refeições
  • -Usar sal de qualidade (Himalaias, Flor de Sal ou Sal Não Refinado)

Refeições ao longo do dia


O ideal é começar por substituir alimentos. De manhã – fruta até ao meio dia, antes das outras refeições comer sempre uma salada de crus – não misturar crus com cozidos. A alface é uma excepção que pode ser misturada. Comer primeiro hidratos de carbono e depois a proteína. Se comer carne, peixe, queijo ou ovos comê-los no final da refeição. Não comer sobremesas. Se quiser deixar a fruta ou doces para depois da digestão.


O pequeno almoço (café da manhã para os Brasileiros) pode ser 3 peças de fruta, ex: bananas, maçãs. Não misturar frutas ácidas com frutas doces (ver Combinação de Alimentos). Pode juntar algumas amêndoas, nozes ou sementes de girassol, pevides descascadas (deixar de molho em água de um dia para o outro – ver Germinação) à fruta ou às saladas. Ou então fazer um sumo/suco verde.


Segundo alguns Higienistas como Harvey Diamond, Vivian Vertrano, e outros o nosso Ritmo Circadiano Alimentar é o seguinte:


12:00—20:00 …Digestão
20:00—4:00 …Assimilação
4:00—12:00 …Limpeza/Desintoxicação


Na realidade existe controvérsia nesta matéria e as posições divergem conforme os autores e a linha de alimentação que seguem mas o Ritmo Circadiano existe e interfere quer com os processos metabólicos, o sono e todas as funções do organismo.


Cada um deverá descobrir como se sente melhor com diferentes tipos de alimentos a diferentes alturas do dia mas geralmente estas teorias higienistas dão bons resultados na escolha dos alimentos que devemos comer ao longo do dia. O ideal será comer alimentos mais puros (frutas, etc) até ao meio-dia e só depois comer os cozinhados (para quem come cozinhado).


Escolha Pessoal


Pessoalmente faço uma alimentação basicamente de crus e quando não há outra possibilidade como também alguns cozidos. De manhã sinto-me melhor se comer só fruta, se possivel sem grandes misturas. Eventualmente uso também alguns super-alimentos nos batidos que faço. Cacau cru (antioxidante e muito mais), espirulina (rainha das proteinas), erva de trigo ou de cevada (um manancial de nutrientes), sementes germinadas, maca (não é maçã), clorela, chia (rica em fibras e omega 3), e outros (não misturo tudo de uma vez – claro).


Crus vs Cozidos


O facto de comer-mos crus antes dos cozidos beneficia imenso pois estamos a consumir alimentos ricos em enzimas e o nosso organismo recebe-os de forma natural. Ao comermos alimentos processados (cozidos, etc) o organismo ataca-os como algo estranho, além disso obrigamos o corpo a gastar enzimas que poderiamos utilizar na limpeza e manutençao. Um exemplo desta condição acontece quando temos que fazer análises ao sangue – temos que ir em jejum para que não haja uma contagem enorme de leucócitos (e não só). Se não formos em jejum parecerá que temos leucemia dado a quantidade enorme de glóbulos brancos que o organismo produz para atacar os alimentos cozinhados.


Exercitar o Aparelho Digestivo


Por outro lado para quem vai iniciar este tipo de alimentação é importante ter em conta que o nosso aparelho digestivo não está suficientemente em forma para digerir e processar os alimentos crus. Passados muitos anos a comermos alimentos cozinhados o corpo perdeu capacidades, tal como alguém que é sedentário terá dificuldade em fazer um exercicio mais forçado. Além disso com a introdução dos crus o organismo começa a desintoxicar, passando as toxinas para a corrente sanguinea, vários sintomas poderãr advir como dores de cabeça, náuseas e cansaço. Dai a importância de começar aos poucos para evitar estas 
condições e treinar de forma correcta o aparelho digestivo.


Se no entanto tivermos possibilidades como tempo disponivel (férias, etc) poderemos forçar um pouco mais o processo. Mesmo assim o ideal será fazê-lo com 
acompanhamento e com outros métodos de limpeza e desintoxicação do organismo.


Seguindo estas e outras dicas dos variados artigos do blog será possivel melhorar imenso o nosso bem estar e eeventualmente reverter condições mais graves. A escolha é pessoal…


Notas Finais


O mais importante é manter a alegria de viver e acreditar que conseguimos mudar para melhor. Não há necessidade de entar em radicalismos ou obcessões dietéticas mas sim escutar o corpo e adaptar.


Outros artigos recomendados:









Muita Paz!


Luís Guerreiro

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Abacate Recheado

Com musica de Macka B -uma receita de Abacate Recheado

Recheio:
Polpa de 1/2 abacate
1/4 chávena (xicara) de pastinaca ou batata baroa (no Brasil)
1/4 chávena (xicara) de algas à escolha

Acompanhar com couve branca ou repolho cortada em juliana e uma mistura de folhas verdes (eu usei couve cortada muito fina) com funcho, temperadas com sal,azeite, e sumo/suco de limão – “cruzinhar”, esmagando com as mãos a mistura e deixar repousar 30 minutos.

Decorar com cebolinho e para quem gostar temperar com molho picante feito com malagueta, azeite e um pouco de vinho do porto. Este molho eu faço com antecedencia normalmente e deixo ficar no frigorifico mais de um ano para “requintar ” o sabor – fica um picante muito saboroso e não muito forte. 


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Bem vindos!!!

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Entrevista com Dr. Alberto Gonzalez


Jornal ‘A Tarde de Salvador’

1. Quais as vantagens de se consumir se alimentar de vegetais e frutas cruas?
As sociedades médicas britânica e belga já consideram a dieta vegetariana como medicinal. E este conceito já conquista sociedades médicas de outros países.
É questão de tempo para que esta forma de alimentação seja considerada medicinal por todas as sociedades médicas do planeta, inclusive a brasileira.
A alimentação viva era preconizada por Hipócrates, o pai da medicina ocidental. Ele dizia que ” a Natureza é quem cura, sendo o médico apenas um assistente da Natureza”.

Se pesquisarmos artigos científicos recentes nesta área do conhecimento, veremos que a cada dia aumentam as publicações que dão suporte e segurança para a alimentação vegetariana em geral, seja na promoção de saúde, seja na terapêutica das doenças. Por ser altamente hipocalórica, enzimática e mineralizada, a dieta de vegetais vivos e orgãnicos promove uma reestruturação do epitélio digestivo e das funções pancreática e hepática, além de adequada absorção e motilidade intestinal.
A ingesta de vegetais crus dá também suporte à microbiota (flora) intestinal. Ao substituir as bactérias altamente patogênicas – estimuladas pela alimentação contemporânea – por lactobacilos e bifidobactérias, presentes em abundância na seiva de frutas e verduras orgânicas, uma verdadeira transformação toma lugar em todos os níveis do organismo.
Ocorrem efeitos flagrantes ao nível neurológico e psíquico, imunitário, inflamatório, cardiovascular, endócrino e osteo-muscular. O sangue equilibra-se, tornando-se menos viscoso e tamponando variações iônicas, de glicose e pH.
A dieta contemporânea estrutura-se sobre o trinômio açúcares-farináceos-gordura industrial, que resume-se por amidos e carne industrializada cozidos ou fritos, “empurrados” por farta quantidade de refrigerantes e doces. Esta dieta “empaca” a digestão e desequilibra o metabolismo.
O resultado é o que estamos observando: obesidade em populações de baixa renda, crianças alérgicas e diabéticas, níveis cada vez mais altos de doenças cardiovasculares e degenerativas tal como o câncer, em uma faixa etária cada vez mais jovem. Em meu consultório e também junto ao Programa de Saúde da Família, o objetivo principal é afastar a população atendida deste trinômio mórbido.
2. Carnes e peixes também devem ser comidos crus? Dizem que fãs de carpaccio, kibe cru ou sushi, correm um risco maior de contaminação por bactérias ao ingerir esses alimentos, sobretudo, quando não se conhece a procedência dos produtos. Pesquisadores da Universidade de Brasília, por exemplo, detectaram em um estudo altos níveis de coliformes fecais e chumbo em algumas amostras de sushis e sashimis em oito restaurantes de Brasília. Quais as recomendações para evitar possíveis riscos?
Alimentar-se de carne é usufruir das proteínas acumuladas pelo animal herbívoro, ave ou pescado.
Grande parte da carne comercializada é produzida artificialmente, quer dizer, dando vida artificial aos animais, que são criados em cativeiro como meros objetos produtores de proteína. Desta forma ingere-se, além da proteína acumulada, pesticidas, antibióticos, metais pesados, corticóides e diversas outras substâncias aplicadas na engorda artificial do animal, todas elas – lamentávelmente – também acumuladas.
Por outro lado, é flagrante a contaminação por microorganismos, principalmente no Brasil, onde metade dos matadouros é clandestina.
A carne mistura-se às fezes evacuadas no desespero da antecipação da morte pelo animal.
A presença de coliformes (bactérias fecais) é maciça. Se considerarmos a morte de centenas de pessoas em Seattle, EUA, após a ingesta de hambúrgueres da rede “Burger King” pela letal Escherichia Coli H527, o mal da vaca louca, a gripe aviária e centenas de tipos de contaminações seguidas de intoxicação e morte dos consumidores de carne contaminada, nos afastaremos por definitivo desta forma inapropriada de dieta.
Se ingerirmos comida morta, ela nos matará. Mas se ingerirmos alimento vivo, o mesmo nos vivificará.
As bactérias existem para degradar máteria desvitalizada, por isto prevalecem na dieta cozida. Os macrobióticos, por exemplo, nunca “requentam” um prato préviamente cozido e privilegiam alimentos orgânicos.
O alimento vegetal vivo é práticamente isento de microorganismos pela presença de agentes bacteriostáticos e antioxidativos presentes na própria estrutura da planta.
Prato vegano: 500 bactérias patogênicas X prato padrão contemporâneo 1.000.000.000 bactérias patogênicas (Fungalbionics, Constantini e cols., 1994).
Alimentar-se de “quentinhas” e “self-services” é uma espécie de roleta-russa.
A dieta contemporânea também não dá suporte ao ambiente, criando exércitos de excluídos do campo, favorecendo as monoculturas extensivas à pequena produção rural, privilegiando organismos genéticamente modificados e uso de pesticidas aos métodos orgânicos amigáveis ao solo.
A maior causa de desmatamento da Amazônia é a expansão de pastos para gado de corte ou a produção de grãos para forragem deste mesmo gado.

3. O consumo de alimentos crus seria uma forma de garantir o aproveitamento máximo dos nutrientes. Qual o máximo de aquecimento ao qual os “alimentos vivos” (crus) podem ser submetidos?
A partir de 60 graus centígrados, começam a alterar-se as estruturas moleculares. Ao elevar-se mais a temperatura, proteínas desnaturam-se, enzimas perdem a atividade, ácidos graxos poliinsaturados hidrogenam-se e fitonutrientes antioxidantes desaparecem. Todos estes nutrientes são considerados essenciais pela nutracêutica, moderno ramo da ciência.
Na alimentação hiper-aquecida, ao atingirem-se os 100 graus centígrados, 50% das proteínas desnaturam-se e valores próximos a 100% são observados para as vitaminas do complexo B. As vitaminas em geral perdem os complexos moleculares que garantem o sinergismo e máxima absorção.
4. Muitas pessoas se queixam que adotar uma alimentação mais natural tem um custo mais elevado do que a alimentação tradicional. A dieta do crudicismo é para as camadas mais favorecidas da sociedade?
Existem dietas de baixa, média e alta renda, na alimentação contemporânea. A alimentação viva não foge à regra.
No Programa de Saúde da Família, duas comunidades de caráter misto rural/urbano receberão o ensino do preparo do “suco verde” ou “leite da terra”, feito com verduras orgânicas produzidas pelas próprias comunidades. Objetiva-se, através deste suplemento, melhoria da saúde, redução do uso de medicamentos e ganhos de renda, obtidos pela comercialização do excedente das hortas.
Não objetivamos um modelo paternalista e filantrópico, mas auto-sustentável, com reflexos na saúde do homem e da comunidade e no uso apropriado da terra.

5. Há situações em que o cozimento pode aumentar a absorção de nutrientes pelo organismo. É o caso de leguminosas como feijão, soja e lentilha, ricos em substâncias que atrapalham a absorção de minerais. O problema não estaria em cozinhá-lo demais? Alguns nutricionistas afirmam que o cozimento em si não destrói necessariamente os nutrientes. O calor prolongado, sim.
Sou autor de um livro denominado “Lugar de Médico é na Cozinha” e conduzo um curso de extensão universitário denominado “Bases Fisiológicas da Terapêutica Natural e Alimentação Viva”. Tenho um sítio eletrônico em construção, denominado http://www.oficinadasemente.com.br onde poderão obter-se brevemente informações a respeito deste livro, palestras e cursos.
Em nossas oficinas culinárias, ministramos aulas de germinação de sementes, em especial leguminosas. As lentilhas, por exemplo, germinam de forma rápida e excepcional, e passam a ter o sabor de um milho verde bem fresco. São fácilmente digeríveis e absorvíveis, apresentando além do sabor mineralizado e suculento um alto teor de nutrientes, em especial ferro e proteínas.
Todos os grãos e sementes potencializam-se e tornam-se biodisponíveis com a germinação.
Grão de bico germinado é muito adocicado, devendo ser ingerido com temperos amargos, tais como hortelã ou manjericão. Soja e amendoim germinados eu recomendo com restrições, por motivos distintos, respectivamente, indigestibilidade e contaminação por fungos.
Germinamos também cereais. No trigo germinado, por exemplo, reduzem-se os níveis de glúten.

6. Para os ayurvédicos, comer está relacionado à eliminação de toxinas. Tudo o que entra deve sair do corpo para que nele não sobrem restos de comida se decompondo. Pelo fato de serem de lenta digestão, os alimentos crus não são bem-vindos. O que acha desse conceito?
Sim, eles denominam este processo de “panchakarma”, ou seja “limpeza dos canais energéticos”.
A dieta ayurvedica original é viva. A Medicina Ayurveda denomina os alimentos vivos de satvicos, ou seja, que promovem desintoxicação e elevação espiritual. Para o equilíbrio dos doshas, diferentes formas de constituição biológica, deve-se individualizar o padrão alimentar.
O cozimento maciço na Índia moderna é recente, e resultado de uma aculturação ocorrida nos quatro cantos do planeta. Isto ocorreu devido à hegemonia da “Teoria do germe” do Dr. Louis Pasteur, em detrimento da “Teoria do terreno biológico” proposta pelos Drs. Antoine Bèchamp e Claude Bernard, ainda no século XIX.
O hiper-aquecimento e a pasteurização tornaram-se quase que obrigatórios.
A alimentação viva é a dieta original do homem e de todos os outros seres do planeta.
No início do século XX não havia sequer treinamento médico para a reversão de infartos do miocárdio, tal a raridade destes eventos. Hoje os ataques cardíacos e outras falências cardiovasculares são os maiores responsáveis pela mortalidade e morbidade nos Estados Unidos e no Brasil.

7. Segundo alguns nutricionistas, a dieta crudicista também pode implicar em alguns problemas. As duas principais patologias que podem afetar seus seguidores é a anemia por carência de vitamina B12 (esta vitamina só existe no reino animal) e a desnutrição protéica que poderá levar a patologias como o pseudo-parkinsonismo, lesões do sistema nervoso central além de uma infinidade de doenças carenciais.
Em dez anos como cirurgião e endoscopista só vi quatro casos de anemia perniciosa, dois no Brasil e dois na Alemanha. Eram devidos à não produção de fator intrínseco pelas células principais da mucosa gástrica. A inexistência deste fator impede a absorção da vitamina B12 pelo intestino delgado.
É raríssima a apresentação de anemia perniciosa por exclusiva deficiência nutricional. Curiosamente, esta hipovitaminose é mais comum em onívoros (que comem de tudo) que nos vegetarianos.
A carne acumula a vitamina B12, obtida pacífica e pacientemente pelos herbívoros. Mas lembremos que o cozimento da carne destrói por completo esta vitamina e seus coadjuvantes, como a biotina e o ácido fólico (dados do Instituto Max-Planck de Nutrição, Alemanha).
Entre os vegetarianos, a maior causa de queda de B12 é dieta mal equilibrada, que não supra as bactérias intestinais benéficas. Às vezes prescrevo suplemento de B12 somado às medidas exclusivamente culinárias. Este é aliás o único suplemento requerido por um vegetariano.
Os maiores produtores de B12 são os organismos homeostáticos do solo, notadamente os lactobacilos presentes no intestino de animais herbívoros. Nós também podemos manter populações de bactérias produtoras de B12 em nossos intestinos.
A alimentação viva inclui os probióticos produzidos através de cereais, sementes e hortaliças fermentados. É uma nutrição bacteriana.
O vegetariano pode alimentar-se adeqüadamente de proteínas na dieta, através de frutas, cereais, raízes, leguminosas, sementes, castanhas e hortaliças.
Existem inúmeros atletas de nível olímpico que são vegetarianos.

8. Segundo os princípios da medicina chinesa, no inverno o corpo necessita de comida quente, pois a ingestão de alimentos crus resfria ainda mais o corpo. Já no verão, o corpo necessita de alimentação mais fria, então os alimentos crus seriam adequados.
O alimento que aquece a célula não necessita estar cozido na panela.
O leite de gergelim, o queijo de girassol ou o chocolate de abacate são alimentos vivos altamente calóricos, mas fornecem estas calorias através de gorduras leves e proteínas, reduzindo os açúcares e amidos e a conseqüente necessidade da produção de insulina pelo pâncreas.
No inverno tornou-se hábito comer amido e acúcar em excesso, contribuindo para a hiperinsulinemia, dislipidemia e obesidade prevalentes neste período.
Meus pacientes e aprendizes de culinária mantém-se bem aquecidos no inverno, alimentando-se de sementes oleaginosas e fazendo pratos ditos “amornados”, oferecidos a uma temperatura quente, mas que não queima a língua.
No verão preparamos hortaliças através de cozimento mecânico ou fermentativo e comemos muitas frutas. É uma alimentação nutritiva e refrescante.

9. Sobre a necessidade de uma alimentação equilibrada, como pregam alguns nutricionistas, com uma proporção adequada de carboidratos (açúcares), lipídios (gorduras) e proteínas. O que o senhor tem a dizer?
A alimentação viva é mineralizada e oferece enzimas, antioxidantes e óleos essenciais. A queima apropriada de combustíveis celulares é obtida a partir de uma predominância de lipídios e proteínas saudáveis, mantendo níveis baixos de carboidratos.
A dieta hipocalórica é chave para o rejuvenescimento celular, prevenção do câncer e longevidade.

10. Há alguma pergunta ou assunto que eu não tenha abordado que o senhor queira comentar?
Ufa! Tem sim, mas acho que já ficou longo demais… deixemos para um “segundo e terceiro capítulos”
Obrigada!
Shalom… Paz seja convosco
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Fonte: http://www.oficinadasemente.com.br

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