Archive for Junho, 2008

Pesquisa da USP estuda a importância do ácido fólico para prevenir fissuras lábio-palatais.

Uma em cada 650 crianças nascidas no Brasil apresenta fissura lábio-palatal. O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da USP, o Centrinho de Bauru, é referência no tratamento deste tipo de má-formação e agora estuda formas de prevenir o problema. Uma delas é uma pesquisa que tenta detectar a relação entre a quantidade do ácido fólico no organismo da mãe e a geração de crianças que sofram do mal.

“Alguns estudos encontraram evidências de deficiência de ácido fólico em mulheres com carga genética para fissura, mas nenhuma pesquisa demonstrou até hoje que, de fato, esta vitamina é capaz de prevenir essa má-formação. É justamente isso o que queremos descobrir”, explica o geneticista Antonio Richieri-Costa, coordenador do Programa de Prevenção de Fissuras Orais do Centrinho. Criado em maio de 2001 em parceria com a Universidade de Iowa, nos EUA, o programa desenvolve testes clínicos que visam comprovar a eficácia da prevenção da recorrência de fissuras orais em mulheres de risco, ou seja, mulheres fissuradas ou mães de filhos fissurados. Para isso, elas recebem suplementação alimentar com comprimidos de ácido fólico.

Ácido fólico é uma vitamina encontrada em vegetais folhosos (como brócolis e espinafre), em algumas frutas (como a laranja), em legumes, no trigo, no arroz integral, no milho e no amendoim, por exemplo. É fundamental para o tratamento de algumas anemias. O ácido fólico também é de extrema importância para o desenvolvimento fetal. É usado em mulheres grávidas na prevenção de malformações congênitas. “É fundamental o papel do ácido fólico na prevenção de defeitos do tubo neural (como a anencefalia e a espinha bífida). Existem ainda evidências do papel deste elemento – associado a outras vitaminas – na prevenção de defeitos cardíacos”, explica Antonio Richieri-Costa.

Depois da experiência bem sucedida em Bauru, o programa acaba de entrar em sua segunda fase, contando com a participação de outros e grandes centros de tratamento e reabilitação de malformações crânio-faciais brasileiros, como o Centro de Atendimento Integrado ao Fissurado Lábio-Palatal (CAIF) – em Curitiba (PR); o Hospital Bruno Born – em Lajeado (RS); Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA); Hospital Santo Antônio – em Salvador (BA) e Núcleo de Atenção aos Defeitos da Face (NADEFI) do Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP) – em Recife (PE).

“Após a experiência da fase piloto, desenvolvemos um modelo alternativo de recrutamento com base em unidades clínicas. Assim, ampliamos as possibilidades de recrutar mais mulheres e de poder acompanhar as novas participantes. É o que vem ocorrendo nesta parceria com as seis unidades de pesquisa”, afirma Antonio Richieri-Costa, que é coordenador da pesquisa.

Quem pode participar

Nessa nova fase, o Centrinho recruta mulheres em idade reprodutiva para a parte clínica da pesquisa. O objetivo é suplementar, ao todo, três mil mulheres brasileiras com ácido fólico. As voluntárias devem ter entre 16 e 45 anos, possuir fissura de lábio (unilateral ou bilateral) acompanhada ou não de fissura de palato e sem a presença de síndromes associadas, ou ser mãe natural de criança que tenha este tipo de fissura crânio-facial. Ela também deve residir na área de abrangência da pesquisa, para que seu acompanhamento possa ser realizado durante toda a sua participação no estudo.

Estão excluídas as candidatas que tenham feito laqueadura, que façam tratamento medicamentoso para epilepsia, que estejam com uma gravidez já em andamento e que apresentem algum tipo de reação ou alergia a ácido fólico.

O objetivo final é atingir três mil mulheres. Até agora, 145 mulheres engravidaram sob a supervisão do projeto e 66 deram à luz. Nenhum dos bebês nascidos até o momento apresentou qualquer tipo de deficiência. “Analisando os nascimentos poderemos ter idéia da eficácia ou não do ácido fólico, comparando as taxas encontradas com as esperadas”, explica Richieri-Costa.
Texto: Juliana Maciel
Fonte: USP Online

Publicado em: 22/05/2008

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A acrilamida pode aumentar o risco de câncer

Do Medcenter

Autora: Salynn Boyles
Publicado em 14/05/2008

A substância química acrilamida, encontrada em batatas fritas, pão e café, é conhecida por desenvolver câncer em modelos animais. Uma recente pesquisa na Holanda sugere que o mesmo possa acontecer em humanos.

A acrilamida é usada na fabricação de cosméticos, plásticos e embalagens de alimentos. Até alguns anos atrás, o tabagismo e a exposição ocupacional eram consideradas as principais fontes de exposição ao composto.

No entanto, em 2002, pesquisadores na Suécia relataram que esta substância está presente em certos alimentos contendo amidos que são fritos ou assados. Até mesmo azeitonas pretas ou cereais possuem uma quantidade de acrilamida, segundo informa o professor e especialista em nutrição, Roger Clemens, DrPH, da University of Southern Califórnia. Ele declara ainda: “Está claro que estes alimentos contêm este composto desde que o homem começou a utilizar o fogo para cozinhar, o que ainda não está bem claro é se a exposição alimentar à acrilamida apresenta risco à saúde”.

Para tentar esclarecer essa questão, pesquisadores da Maastricht University, na Holanda, levantaram dados de um amplo estudo holandês sobre dieta e câncer, iniciado em 1986.

Quase 121.000 participantes com idades entre 55 e 70 anos preencheram um questionário detalhado sobre hábitos alimentares. As respostas, combinadas a outros dados, foram utilizadas para estimar a ingestão de acrilamida. Este estudo focou a relação entre acrilamida e neoplasias renais, prostáticas e de bexiga. Após um acompanhamento de 13 anos, houve 339 casos de câncer renal, 1.210 casos de câncer de bexiga e 2.246 casos de câncer de próstata.

Em média, os participantes do estudo ingeriram 22 microgramas de acrilamida por dia. Eles foram divididos em cinco categorias de consumidores. O risco foi proporcional à quantidade da substância ingerida, sendo o risco de desenvolver câncer renal 59% maior nos que ingeriram mais acrilamida, apresentando também um grande risco em fumantes.

O consumo de acrilamida não esteve associado a aumento de risco de desenvolver neoplasias de bexiga ou próstata. Em achados publicados no último ano utilizando a mesma base de dados, Hogervorst e colaboradores mostraram que mulheres não fumantes, em pós-menopausa, com dieta rica em alimentos com acrilamida apresentaram risco aumentado de desenvolver neoplasias de endométrio e ovário comparadas a mulheres com dietas pobres em acrilamida.

Este estudo foi publicado em dezembro no Cancer Epidemiology Biomarkers and Prevention. As últimas descobertas foram publicadas no volume de maio do American Journal of Clinical Nutrition.

Dr. Jeff Stier, diretor adjunto do American Council on Science and Health, crítico do trabalho, enfatiza que demonstrar uma associação não significa o mesmo que representar a causa de um problema.

O FDA descreve que 100% dos americanos ingerem acrilamida, mas que os níveis de exposição não parecem estar aumentando. Na verdade, os níveis de acrilamida responsáveis pelo desenvolvimento de doença nos modelos animais são 300 vezes maiores do que os encontrados no consumo humano.

O autor conclui que equilíbrio, variedade e moderação na alimentação são pontos necessários para um estilo de vida saudável.

Informação sobre a autora: Salynn Boyles é escritora da equipe do WebMD.

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Água clorada aumenta risco de defeitos de nascimento, diz estudo

Água
Estudo diz que a exposição ao cloro causa problemas específicos e comuns

Gestantes que consomem água clorada têm um risco maior de dar à luz bebês com problemas no coração, lábio leporino e defeitos no cérebro, sugere um estudo realizado com crianças em Taiwan.

De acordo com os pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, a exposição pré-natal aos derivados do cloro, conhecidos como trialometanos e que se formam no contato com a água, pode dobrar as chances de crianças terem defeitos de nascimento.

Para chegar aos resultados, os cientistas analisaram 400 mil crianças chinesas e compararam o nível de exposição aos derivados do cloro com a presença de 11 dos defeitos de nascimento mais comuns.

Segundo o estudo, a exposição a 20 microgramas de trialometano por litro de água provocou um aumento de 50% a 100% nas chances de as crianças nascerem com três defeitos considerados comuns: lábios leporinos, anencefalia (cérebro nasce sem o encéfalo) e septo ventricular (furos no coração).

Mecanismos

Apesar de terem analisado água clorada com diferentes concentrações de cloro (alta, média e baixa), os cientistas não encontraram nenhuma relação entre o nível de exposição e a prevalência de um defeito específico.

Entretanto, os pesquisadores afirmam que a exposição maior do que 5ug/L aumenta de maneira significativa os defeitos mencionados no estudo.

“Os mecanismos biológicos que fazem os derivados do cloro causarem defeitos nos bebês ainda são desconhecidos”, explica Jouni Jaakkola, principal autor do estudo.

“No entanto, nossas descobertas não apenas reforçam a teoria de que a água clorada pode causar defeitos de nascimento, mas sugere que a exposição aos derivados do cloro pode ser responsável por defeitos comuns e específicos”, afirmou.

De acordo com Jaakkola, apesar dos benefícios da clorificação da água, é necessário que mais pesquisas sejam desenvolvidas para avaliar os efeitos colaterais desse processo.

A pesquisa sobre o impacto da exposição ao cloro na gravidez está publicada na edição de junho da revista científica Journal of Environmental Health.

Fonte: BBC Brasil

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Comida anticâncer

Confirmadíssimo: os vegetais afastam a ameaça de vários tumores. Sem contar que, ao incrementar as porções de frutas e hortaliças no prato, sobra literalmente menos espaço para a gordura — e ela tem tudo a ver com o surgimento da doença

por CIDA DE OLIVEIRA

Não tire conclusões precipitadas: os alimentos destas páginas não são milagrosos. Mas a ciência da nutrição, que investiga sua ação anticancerígena, constata que eles de fato têm efeito preventivo. “Vários levantamentos estatísticos apontam, e não é de hoje, que nas pessoas habituadas a devorar vegetais os casos de câncer são mais raros”, garante o gastrenterologista Dan Linetzky Waitzberg, professor da Universidade de São Paulo. Mas, na hora do ver para crer, isso só era observado em tubos de ensaio, nos chamados testes in vitro. Só agora é que os pesquisadores passaram a enxergar o mecanismo antitumor de vários nutrientes dentro de organismos vivos — no caso, cobaias. É um belo avanço.
Na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, por exemplo, concluiu-se que o sulforafane, presente na família dos crucíferos — couves, brócolis, repolhos —, é capaz de brecar o avanço do câncer colorretal em animais de laboratório. Já em Taiwan, cientistas da Universidade Nacional Chung Hsing testaram o licopeno em animais, nos quais provocaram de propósito um câncer de fígado igual ao que acomete os seres humanos. O resultado? O pigmento que dá o tom vermelho ao tomate e a frutas como a goiaba simplesmente barrou a temida metástase, ou seja, impediu que as células malignas se espalhassem pelo corpo.
A essa altura, você deve estar se perguntando: por que certos nutrientes funcionam contra um tipo específico de tumor mas são praticamente inertes contra outros? Nem os cientistas têm respostas prontas, embora arrisquem algumas hipóteses. Uma delas é a facilidade de alguns tecidos para acumular determinadas substâncias, criando verdadeiras reservas. É o caso do licopeno, o tal pigmento vermelho dos vegetais. Os pesquisadores notam que ele tem uma afinidade especial com os tecidos da próstata e das mamas, ficando concentrado bem ali, enquanto passa depressa por outras partes do corpo — talvez sem o tempo necessário para agir. O resveratrol da uva e do vinho, por sua vez, tende a ficar no plasma do sangue e nos tecidos do sistema urinário. Já compostos fenólicos, como o allium, que está na cebola, no alho e na cebolinha, fariam escala no estômago e no intestino, atuando em diferentes etapas do processo que leva ao câncer nesses órgãos. No entanto, não movem uma palha contra tumores em outras regiões.
Pode parecer confuso — e é. Não tente decorar quanto deve comer disso ou daquilo, como se a travessa à mesa fosse um vidro de remédio. O grande mérito de tantas pesquisas é ensinar — aos médicos, inclusive — que um cardápio adequado (leia-se bem colorido também) pode prevenir 30% dos casos de câncer, incluídos aí tumores de boca, laringe, faringe, estômago e intestino, muito freqüentes na população brasileira. Já é um feito e tanto se a gente pensar que, não faz muito tempo assim, ninguém achava que havia um caminho seguro para prevenir essa doença — muito menos desconfiava que ele estaria no prato. “Hoje se tem clareza da importância de comer frutas, verduras e legumes, evitando-se ao mesmo tempo as porções de carnes vermelhas, sal, açúcares e embutidos”, resume Dan Linetzky Waitzberg. Segundo Sueli Couto, nutricionista do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, sediado no Rio de Janeiro, a questão não é quantidade de vegetais, mas regularidade. “Tem de comer sempre”, declara. “No mínimo, cinco porções diárias, preferindo sempre grãos integrais aos refinados.”
Do mesmo modo que sobram evidências de que vitaminas, minerais, fibras e outras substâncias presentes em frutas e hortaliças podem barrar o avanço de tantos tipos de tumor, há provas suficientes para incriminar o álcool, os embutidos e as gorduras, especialmente as das carnes vermelhas.

Além de repletas de substâncias protetoras, as saladas tornam a refeição mais light. E, embora não haja consenso em torno do assunto, a gordura corporal vem sendo examinada com desconfiança. O peso extra, dizem cientistas — como os que observaram isso em ratos, na Universidade do Texas, nos Estados Unidos — contribui para reações inflamatórias dentro do organismo. Até há pouco tempo, essas reações só eram associadas a doenças cardiovasculares. “Hoje se sabe que elas podem aumentar em 30% as chances de um câncer aparecer”, afirma Alfredo Halpern. Portanto, a melhor dieta anticâncer é aquela leve, bem leve.
Vai um suplemento aí?

Diga não se você adota uma dieta balanceada. A menos, claro, que um médico ou um nutricionista recomende, avaliando bem os seus hábitos à mesa. Sem esse olhar, você corre o risco de engolir, em cápsulas, altas doses de um nutriente em detrimento de outros. E isso, por sua vez, pode acabar com o balanceamento das substâncias protetoras no organismo. Ou seja, você fi ca sem escudo contra o câncer.

SINAL VERDE
Ele se acende principalmente para alimentos cheios de fibras e substâncias antioxidantes

CÂNCER DE PRÓSTATA
A abóbora, lado a lado com a cenoura, é famosa pela concentração de betacaroteno. Afi rmar que essa substância protege contra os tão (mal)falados radicais livres não é chover no molhado. Ela ajuda mesmo a restaurar o DNA de células danifi cadas por agentes químicos, físicos ou biológicos. Quando o dano no material genético de nossas células acontece, abre-se o caminho para a reprodução desenfreada de exemplares defeituosos — eis o câncer. É possível que o betacaroteno aja positivamente contra muitos tipos de tumor, mas um trabalho recente da respeitadíssima Universidade de São Paulo avalizou suas benesses especifi camente para a glândula masculina. Outros estudos apontam que o tomate, o feijão, a lentilha, a ervilha, as uvas vermelhas, as amoras e a soja também reforçam as defesas dos homens contra esse câncer — mas, aí, tudo o que a ciência conhece é a relação entre o hábito de comê-los e o aparecimento mais raro dessa doença, sem entender direito qual seria a relação direta.

CÂNCER COLORRETAL
Cientistas da Universidade de Nova Jersey, nos Estados Unidos, provaram que é possível reduzir um câncer colorretal já existente consumindo verduras crucíferas, como a couve-manteiga e sua prima couve-fl or. Fazem ainda parte da família o repolho e os brócolis. Os pesquisadores viram essa redução com os próprios olhos — ao menos em ratos. E atribuem o efeito a um componente desses vegetais chamado sulforafane. “Outra pesquisa com 520 mil europeus apontou uma queda de 40% no risco dessa doença entre aqueles que não deixavam faltar no prato, uma vez ao dia, pelo menos uma dessas crucíferas”, relata Benedito Mauro Rossi, oncologista do Hospital do Câncer, em São Paulo. O efeito do sulforafane, aliás, parece potencializado à medida que aumentam os teores de fi bras no cardápio, quando comemos outras folhas, como rúcula ou espinafre, e desfrutamos, por exemplo, de uma laranja como sobremesa.

CÂNCER DE MAMA
As fibras, abundantes na melancia, por exemplo, são poderosas contra esse tipo de tumor. Uma das explicações é que elas passam mais lentamente pelo aparelho digestório, o que aumenta a saciedade e, por tabela, diminui a vontade de cair de boca em açúcares e gorduras. O risco de quilos a mais, assim, despenca. “O excesso de peso tem ligação estreita com o aparecimento da doença nas glândulas mamárias, sobretudo em mulheres que já passaram pela menopausa”, afi rma o endocrinologista Alfredo Halpern, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Entre outros motivos porque, quando há muita gordura, o corpo tem matéria-prima à vontade para fabricar hormônios que alimentam o tumor. Bem, se as frutas da dieta têm muitas fi bras e ainda por cima são vermelhas — como a melancia do nosso exemplo —, tanto melhor. O consumo regular de licopeno, o pigmento vegetal dessa cor, anda cada vez mais associado à baixa incidência desse câncer.

Também são fortes os sinais de que os polifenóis estão ligados à proteção das mamas. Daí a recomendação dos cientistas de que as mulheres consumam toda semana suas fontes — uvas vermelhas, amora, morango, cereja, vinho tinto… Quanto às isofl avonas, célebres componentes da soja, elas também atuam pra valer contra esse tumor. Na última década, diversos estudos, feitos sobretudo com populações orientais, confi rmaram o elo entre o alto consumo do grão e a baixa incidência de câncer de mama e — atenção — de próstata também!

SINAL VERMELHO
Pode parar! Álcool, sal, carne vermelha e embutidos estão fortemente relacionados a vários tipos de tumor

BEBIDA ALCOÓLICA
Diversos estudos associam álcool ao câncer de boca, esôfago, fígado, reto e, muito possivelmente, ao de mama também. As evidências tornaram-se mais fortes dos anos 1990 para cá. O Instituto Nacional para a Pesquisa do Câncer, nos Estados Unidos, recomenda que os homens ingiram, no máximo, dois drinques por dia. Já as mulheres, apenas um. Os cientistas ainda estão pesquisando como o álcool causa a doença. No caso do aparelho digestivo, fi ca mais claro: a agressão é por meio do contato direto com as mucosas. De um jeito ou de outro, o excesso de bebida alcoólica danifi ca o DNA, aumentando as chances de surgirem células malignas.

SAL EM EXCESSO
Ele já carrega má fama porque faz o organismo reter mais água do que deveria, contribuindo, assim, para o aumento da pressão arterial. “Só que, ainda por cima, irrita a mucosa do aparelho digestivo de tal maneira que provoca lesões capazes de evoluir para um câncer”, avisa Sueli Couto. Segundo ela, só afastar o saleiro da mesa não basta. Lembre-se de que a maior concentração do sal está nos alimentos industrializados. Então, evite ao máximo molhos, condimentos, macarrões instantâneos e comida pronta em geral. Prefi ra, de longe, as preparações caseiras.

FUJA DOS EMBUTIDOS
Salsicha, salame, presunto e mortadela — outras armadilhas armadas no prato — são, de longe, os maiores vilões. Não bastasse serem produzidos com carnes vermelhas geralmente muito gordas, ainda levam na fórmula aditivos químicos chamados nitratos, que, no estômago, podem se transformar em nitritos. Estes, por sua vez, se convertem em nitrosaminas, verdadeiros agentes cancerígenos, perigosos sobretudo para o estômago e o esôfago. E atenção: até as carnes brancas se transformam em um veneno letal quando transformadas em embutido. “Como recebem os tais nitritos e são defumadas, também se tornam nocivas”, alerta Benedito Mauro Rossi, oncologista do Hospital do Câncer, em São Paulo.

LIMITE AS CARNES VERMELHAS
E não estamos falando apenas da suculenta picanha da foto. Carne de porco e de cordeiro, assim como as processadas, como hambúrguer, rosbife e bacon, também devem ser evitadas. O problema é a gordura saturada — que por si só já é um ingrediente cancerígeno — e substâncias que lhe dão cor, como o ferro-heme, ou ferro orgânico, aquele mesmo que combate a anemia. Pesquisas americanas associam sua ingestão excessiva ao aparecimento do câncer colorretal. Quando a carne é esturricada na grelha ou na frigideira, o perigo aumenta. Há uma reação química nesse processo que libera outras substâncias cancerígenas — bem naquela casquinha escura e crocante.

Fonte: http://saude.abril.uol.com.br/edicoes/0298/nutricao/conteudo_278760.shtml– 04/06/08

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Ômega-3 pode reduzir risco de doença no olho, diz estudo

Comer alimentos ricos em ômega-3, sementes e óleo de linho (Linhaça), abacate… pode ajudar a evitar uma das causas mais comuns de perda de visão, segundo um estudo divulgado na publicação científica Archives of Ophthalmology.

O estudo sugere que o ômega-3 pode reduzir em um terço o risco de desenvolver uma doença conhecida como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), na qual ocorre um crescimento anormal dos vasos sanguíneos sob a retina.

A mácula é afetada, e o resultado é a queda súbita ou progressiva da visão central.

Pessoas com o problema, geralmente acima dos 60 anos, perdem a habilidade de ver em detalhe e, em casos severos, podem ser registradas como cegas, apesar de ainda terem uma visão periférica.

Dieta – O estudo da Universidade de Melbourne analisou o resultado de nove pesquisas prévias sobre o ácido graxo ômega-3 e a DMRI, envolvendo um total de 88.974 participantes, incluindo mais de 3 mil com a doença.

A adição dos resultados de diferentes estudos dá mais força estatística às conclusões.

Uma redução de 38% no risco foi verificada nos que comiam mais ômega-3 em comparação aos que comiam a menor quantidade.

A pesquisadora Elaine Chong, que liderou a pesquisa, disse que o ômega-3 é um componente vital da retina.

Por isso, segundo ela, é possível que uma falta do ácido graxo possa “iniciar” a doença, já que as células da retina são constantemente renovadas.

No entanto, o estudo não chega a recomendar uma mudança na dieta. Segundo os cientistas, as pesquisas analisadas não foram feitas com o objetivo de oferecer provas sólidas que sustentem uma recomendação desse tipo.

“Apesar de essa análise dos estudos sugerir que o consumo de alimentos ricos em ômega-3 pode estar associado a um menor risco de desenvolver DMRI, não há evidência suficiente nos estudos atuais – e nenhum experimento médico aleatório – para recomendar o consumo de ômega-3 para prevenir a doença”, afirmou Chong. (Fonte: Estadão Online –11 / 06 / 2008 )

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Consumidores desconhecem legislação sobre transgênicos

Depois de um ano em tramitação, está na pauta de votação do Senado Federal projeto de Decreto Legislativo (nº 90/07), de autoria da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), suspendendo a legislação que obriga as empresas de alimentos que atuam no Brasil a informarem no rótulo de seus produtos se estes foram fabricados com mais de 1% de ingredientes oriundos de transgênicos, os organismos geneticamente modificados (OGM).

Em meio à discussão no Congresso sobre a necessidade da rotulagem, um dado tem sido consenso: a população desconhece tal legislação e, portanto, não tem podido opinar se a identificação dos transgênicos é ou não um direito dos consumidores.

O Decreto 4.680/03 e a Portaria 2.658/03 do Ministério da Justiça, que regem o assunto estão em vigor desde 2004, entretanto, somente no final do ano passado as prateleiras dos supermercados brasileiros começaram a apresentar produtos rotulados com o símbolo dos transgênicos – um triângulo amarelo, com bordas pretas e uma letra T, também na cor preta, ao centro.

Para os grupos ambientalistas e agricultores contrários aos OGM, trata-se de descumprimento à lei. Já o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), que reúne pesquisadores e fabricantes de alimentos, garante que a falta de rótulos com o símbolo no mercado se deve ao fato de que no Brasil nenhum alimento foi produzido ultrapassando o limite de 1% de transgênicos previsto na legislação.

Entre as poucas empresas que disponibilizaram produtos com tal rotulagem, está a Bunge Alimentos, que fabrica os óleos de soja Soya e Primor. A assessoria da empresa afirma que os índices de OGM em seus óleos vegetais não chegam a 1%, mas que a Bunge, mesmo assim, resolveu rotular seus produtos por iniciativa própria por respeitar os consumidores que considerem relevante saber sobre a possibilidade de presença de elementos transgênicos.

A explicação não é aceita pelo grupo ambientalista Greenpeace, que em seu site na internet (www.greenpeace.org.br) alega que o teor de OGM dos óleos da Bunge está acima do limite e que a empresa apenas recuou diante de uma ação civil do Ministério Público.

Pesquisa – Cumprida ou não, a legislação é praticamente desconhecida pelos consumidores. Em São Paulo, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Educação para o Consumo de Alimentos e Congêneres (IBCA) revelou que 80,8% dos paulistanos entrevistados ignoram o significado do T dentro de um triângulo. Na Bahia não existe uma pesquisa semelhante, mas uma rápida abordagem a clientes em supermercados de Salvador indicou que a realidade baiana não deve ser muito diferente.

“Como não há divulgação, não sabemos o que são essas coisas, se fazem mal e muito menos que existem produtos industrializados que contém esse tipo de elemento em sua composição”, diz a empresária Patrícia Santana, que, ao ser informada pela reportagem de A TARDE sobre o significado do símbolo estampado no rótulo do óleo que havia acabado de pegar na prateleira, imediatamente trocou o produto por um de marca diferente.

Para a servidora da Justiça, Cida Nogueira, que também desconhecia o símbolo, o grande problema é a incerteza sobre o cumprimento ou não da lei por parte das indústrias. “Nem sei exatamente o que são organismos geneticamente modificados, mas na dúvida prefiro não comprar produtos de marcas suspeitas”, afirmou, propondo que a identificação dos OGM seja mais ostensiva, “como acontece com os produtos light e diet”.

Postura semelhante também é assumida pelo estudante Márcio Santos. “Já ouvi muito falar de transgênicos, mas não conheço muito do assunto. Acho apenas que os produtos de soja devem ser evitados hoje em dia, porque seriam os mais perigosos”, disse, salientando que também não conhecia a lei sobre rotulagem.

Orientação – O problema é que na composição de alguns alimentos não associados à soja, como massas, margarinas, biscoitos e salgadinhos, pode existir ingredientes transgênicos, entre eles, milho, batata e a própria soja. Para orientar os consumidores, o Greenpeace elaborou um guia, disponível na internet, em que são listados produtos comprovadamente livres de OGM e outros com indícios de transgênicos, segundo a organização.

“Na verdade, trata-se de um alarde sem propósito”, afirmou a doutora em genética e melhoramento de plantas, Alda Lerayer, diretora-executiva do CIB. “No óleo de soja e na margarina, por exemplo, após todo o processo de refinamento, a proteína e o DNA dos transgênicos se degradam, e os índices de OGM na composição final beiram a 0%. Já no caso dos biscoitos, o calor do cozimento destrói tudo”, disse. (Fonte:Leonardo Leão/ A Tarde Online/BA)

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Greenpeace faz ranking dos pesticidas mais perigosos

O Greenpeace divulgou no dia 16/06 um ranking no qual classifica as principais empresas fabricantes de pesticidas de acordo com os riscos que seus produtos representam para a saúde humana ou ao meio ambiente e que é liderado pela multinacional alemã Bayer, por ter maior fatia de mercado.

Segundo a organização ambientalista, a empresa é seguida pela suíça Syngenta, pela americana Monsanto, pela alemã BASF e pela americana Dow Chemical, todas líderes no mercado de fitossanitários.

A patronal de fitossanitários da União Européia (UE), a ECPA (sigla em inglês), criticou esta classificação.

O Greenpeace afirma que há diferenças no impacto que os produtos destas empresas podem ter na saúde humana ou no meio ambiente, mas ressalta que “nenhuma está livre”.

Segundo o ranking, a Monsanto tem a maior proporção de pesticidas prejudiciais, com 60%, mas, por sua fatia de mercado ser menor, os riscos são inferiores aos de produtos da Bayer e da Syngenta.

Essas duas últimas empresas vendem “muitos mais pesticidas ao ano” que as outras três, segundo o relatório do Greenpeace.

A empresa com menos “pontuação negativa” das cinco seria a Dow Chemical, apesar de 39% de sua produção ser, segundo o Greenpeace, de substâncias incluídas em uma “lista negra”, o mesmo percentual da Syngenta.

Por produtos, segundo a organização ambientalista, a Bayer tem o maior percentual de inseticidas com substâncias potencialmente perigosas (74%), assim como a Monsanto em herbicidas (90%) e a BASF em fungicidas (80%).

O Greenpeace ressaltou que esta classificação “prova quão tóxicos ainda são os negócios de pesticidas das companhias líderes do mercado”.

Além disso, pediu aos países da UE que endureçam suas leis sobre fitossanitários, já que, atualmente, os 27 países do bloco estão discutindo um projeto para regular tais produtos.

A ECPA criticou o relatório do Greenpeace e afirmou que esse não contribui para um debate “informado nem sensato” sobre pesticidas.

Segundo o diretor da ECPA, Friedhelm Schmider, “a classificação ganhará manchetes, mas não acrescenta nada construtivo e menos ainda em um momento no qual enfrentamos uma crise alimentícia global e os agricultores precisam de nossos produtos para proteger suas colheitas”.

“Todos os produtos vendidos por nossas companhias foram aprovados pelas autoridades da UE e dos Governos, baseando-se em critérios rígidos de segurança e testes rigorosos; ações populistas como esta não contribuem em nada para a segurança” do consumidor, acrescentou o responsável da ECPA. (Fonte: Estadão Online)

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Vida sadia modifica forma como gene atua

Estudo mostra por que é possível evitar doença com dieta e exercício

Herton Escobar escreve para “O Estado de SP”:

Todo mundo já sabe que comer bem e fazer exercícios regularmente ajuda a prevenir doenças, entre as quais o câncer. Mas ninguém havia conseguido demonstrar, até agora, como isso funciona no nível molecular, dentro das células. Um estudo publicado ontem (16/6) nos EUA fornece, pela primeira vez, uma explicação genética para o “fenômeno”.

A pesquisa mostra que levar um estilo de vida saudável não tem efeitos apenas fisiológicos, mas influencia até o funcionamento dos genes no núcleo das células. Genes favoráveis ao câncer (oncogenes) são inibidos, enquanto genes “de segurança”, que combatem a evolução de tumores, são estimulados.

O estudo foi feito a partir de uma comparação de biópsias de tecido saudável da próstata de 30 homens com tumores de baixo risco e idade média de 62 anos. Os pesquisadores analisaram o comportamento genético das células antes e depois de um “tratamento” baseado em mudança de hábitos, com alteração de dieta, prática de exercícios e redução de stress. Constataram que a “expressão gênica” (intensidade com que certos genes funcionam) foi alterada para melhor em todos os participantes.

Dezoito genes tiveram sua expressão aumentada e 388, reduzida, segundo os resultados apresentados na revista PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Nenhum dos pacientes passou por cirurgia ou tomou qualquer tipo de medicamento. O período entre as biópsias foi de apenas três meses.

“É muito encorajador verificar que é possível alterar o funcionamento de centenas de genes em um período tão curto, apenas pela maneira de comer e viver”, disse ao Estado o médico Dean Ornish, da Universidade da Califórnia, autor do estudo. “Você não pode mudar os seus genes, mas pode mudar a maneira como eles se expressam.”

Segundo o pesquisador, é provável que as mesmas mudanças verificadas na próstata estejam ocorrendo em outras células do organismo, o que explicaria a influência dos hábitos saudáveis na prevenção de vários tipos de câncer e outras doenças.

Os 30 participantes consumiram 12% menos gordura por dia e fizeram uma média de 3,6 horas de exercício por semana. Ao fim dos três meses, todos os fatores de risco para doenças cardiovasculares (como colesterol e pressão) haviam diminuído.

Os níveis de PSA, hormônio da próstata que é usado como indicador de tumores, também caíram, mas isso não significa, necessariamente, que o “tratamento” tenha estancado a progressão da doença. As medições foram feitas apenas com células saudáveis da próstata.

“Quase todos os parâmetros melhoraram, mas, se isso terá um efeito em prognóstico ou sobrevida dos pacientes, ainda é cedo para dizer”, avalia o médico Gustavo Cardoso Guimarães, do Hospital A. C. Camargo. “O mais interessante é que o tempo de influência na expressão gênica foi muito curto. Isso é surpreendente.” Mais estudos serão necessários para mostrar qual é o efeito direto do estilo de vida sobre a células tumorais.
(O Estado de SP, 17/6)

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=56748

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ALIMENTOS CRUS – ERNST BAUER

Tenho 85 anos. Exerço a medicina há 20 anos em Arosa, na Suiça.
Meu pai era médico rural e conheci os limites da medicina convencional convivendo com doenças crônicas já na minha juventude. De constituição bastante frágil, procurava ampliar as possibilidades da medicina convencional com métodos alternativos.

Hoje, considero alimentação e jejum os mais importantes.O famoso médico suiço, Dr. Marx Bircher-Benner (1867-1993), ouviu falar dos incriveis efeitos da alimentação crua. Experimentou e ficou perplexo com o resultado. Naquela época, todas as crianças com doença abdominal morriam. A clínica pediátrica do Hospital Universitário de Zurique encaminhou quatro crianças ao Dr. Bircher-Benner. Retornaram curadas. Sua alimentação consistia, principalmente, de bananas frescas, depois substituídas por maçãs frescas, com o mesmo resultado. Também as crianças diabéticas foram beneficiadas com uma dieta exclusiva de frutas frescas. O Dr. Bircher-Benner apresentou ao Dr. Joseph Evers, na Alemanha, três pacientes que ficaram livres de esclerose múltipla, uma doença considerada incurável.

O Dr. Evers começou, então, a tratar pacientes portadores de esclerose múltipla e outras doenças consideradas incuráveis, com resultados surpreendentes.

Em reunião da Associação Alemã de Neurologia, o Dr. Evers apresentou suas radiografias e a estatística, mostrando que – ao iniciar a alimentação com frutas e verduras frescas dentro do período de um ano após o aparecimento dos sintomas – 94% dos portadores de esclerose múltipla ficavam curados.

O Dr. Evers, falecido em 1975, não utilizava medicamentos, somente alimentação. Em seu livro ‘Warum Evers-Diät?’ (Porque a dieta Evers?), ele afirma: ‘O sucesso é a melhor prova de que uma teoria está correta.’
O Dr. Honekamp, diretor clínico de uma clínica psiquiátrica alemã, documentou, em seu livro sobre a cura de doenças mentais com produtos naturais, como conseguiu curar pela alimentação crua, com poucas exceções, os pacientes internados em sua clínica. Entretanto ele mostrou que a esquizofrenia crônica só pôde ser curada após quatro anos.

Tudo foi esquecido até recentemente, quando o físico Fritz Popp descobriu que os nutrientes vivos irradiam fótons.

Essas pequenas partículas de luz aparentemente protegem o sistema imunológico e destroem células cancerígenas.

Quando aquecemos os alimentos vivos, a irradiação se torna muito forte e depois cessa – os alimentos estão mortos. No livro ‘Biologie des Lichts’ (Biologia da luz), publicado em 1984, ele descreve os princípios da irradiação extremamente fraca das células.

Uma enfermeira do Hospital da Universidade de Zurique estava morrendo, anos antes, haviam-lhe retirado um tumor malígno da mama, mais tarde, apareceram metástases no figado, quando o tumor reapareceu por uma terceira vêz após duas quimioterapias, acreditavam que nada mais poderia ser feito, era Natal e seus amigos vieram despedir-se dela.

Uma Amiga lhe falou da alimentação crua e logo trouxe frutas e hortaliças frescas, no dia seguinte, a enfermeira já pôde, deixar a alta dose de morfina que estava tomando contra as dores e se levantar. A cada dia passou a ficar de pé por mais tempo.

Como podemos explicar este feito imediato sobre tumores malignos? A pesquisadora em oncologia, Virginia Livingston, de San diego, EUA, descreveu em seu livro ‘The conquest of Cancer’ (A conquista do câncer) que os alimentos vivos, as frutas e as hortaliças contém um ácido, um sub-produto da vitamina A, que também é produzido no figado. Essa substância freia o câncer, mas é sensível ao calor. Cenouras cozidas no vapor só contém 1% a 2% da quantidade do ácido que as cenouras cruas contém.

Recomendo aos pacientes em minha clínica – e eu mesmo me alimento desta forma:

1. Comer apenas o que nasce na natureza

2. Disso, só comer aquilo que temos vontade,apenas na quantidade que o corpo pede e quando sentimos fome.

3. Consumir os alimentos assim como a natureza nos oferece, sem misturar, sem temperos, sem aquecer.

Sempre que possível, comer os alimentos isentos de agrotóxicos e adubos químicos.

Como podemos saber se uma fruta é saudável ou prejudial? Só nosso instinto pode nos dizer isso.

Cada ser vivo tem sua voz interior, inclusive as bactérias e os vírus.
O ser humano é o único ser vivo que não segue sua vóz interior, nós nos achamos superiores, porém, se não seguimos esta vóz, surge o efeito contrário, o vício.

O adulto é viciado no fumo, em alimentos desnaturados, cozidos, etc.
Após um jejum, estes vícios desaparecem.

O instinto, a vóz interior, está de volta como em um rescém-nascido.Se comemos alimentos cozidos, há um aumento de glóbulos brancos após a refeição – como se tivéssemos ingerido veneno.

Nosso sistema imunológico, neste caso, está ocupado de manhã até a noite enfrentando os tóxicos que introduzimos com a alimentação aquecida, em vez de se defender contra os germes e destruir células cancerígenas.

Ao dar alimentação cozida para animais selvagens saudáveis como fizeram Mac Carrison na Inglaterra e o Prof. Kollath na Alemanha – estes adoecem com nossas doenças da civilização e morrem.

Se acrescentamos vitaminas da farmácia morrem alguns dias mais tarde, entretanto se o colocamos em libertdade para que voltem a se nutrir de alimentos vivos, seguindo o seu intinto, eles se recuperam, e o mais interessante: animais, antes dóceis tornam-se agressivos com a nossa alimentação desnaturada e se agridem.

Fonte: Palestra apresentada durante o Congresso Vegetariano em Widnau, Suiça, 1999. Esta vida é para viver feliz com muita saúde e evoluir para uma existência superior. Nosso amigo Günther Baur

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‘Hormônio da fome’ tem efeito antidepressivo, diz estudo

Testes em cobaias mostraram que hormônio pode ter papel sobre comportamento.

Níveis altos de grelina, o chamado “hormônio da fome”, podem ter efeito antidepressivo, segundo um estudo de cientistas americanos publicado na revista especializada Nature Neuroscience.

A grelina é liberada na corrente sangüínea pelo estômago vazio e levada até o cérebro, onde provoca a sensação de fome.

O estudo concluiu que camundongos com alto nível do hormônio apresentavam menos sinais de depressão e ansiedade.

Cientistas acreditam que o tratamento com o hormônio ou com algum remédio que controle seus efeitos poderia ajudar tanto as pessoas que sofrem de falta de apetite – pacientes de câncer, por exemplo – como aqueles que comem muito.

Restrição de calorias

Neste estudo, o pesquisador Jeffrey Zygman, do centro médico UT Southwestern, em Dallas, e sua equipe, restringiram a ingestão de alimentos dos camundongos por 10 dias, fazendo com que os níveis de grelina das cobaias quadruplicassem.

Em comparação aos camundongos que tinham livre acesso aos alimentos, os camundongos com restrição de calorias demonstraram menores níveis de depressão e ansiedade quando submetidos a labirintos e outros testes de comportamento.

A equipe também observou camundongos que tinham sido geneticamente modificados para não responder ao hormônio.

Quando eles passaram por uma dieta de restrição calórica, não foi notado o efeito anti-depressivo ou anti-ansiolítico da grelina.

Os cientistas observaram o mesmo resultado quando aumentaram os níveis da grelina nas cobaias através do estresse.

Os camundongos que não conseguiam responder ao hormônio apresentaram níveis mais altos de depressão e ansiedade que camundongos normais.

Evolução

“Nossa descoberta com os camundongos sugere que o estresse crônico faz com que os níveis de grelina subam, e que o comportamento associado a depressão e ansiedade diminui quando o nível da grelina sobe”, disse Zygman.

“Um triste efeito colateral, no entanto, é o aumento da ingestão de alimentos e de peso”, disse ele.

Segundo o pesquisador, o resultado faz sentido em termos evolutivos, já que seria mais vantajoso para animais caçadores permanecer calmos em tempos de fome, para conseguir encontrar comida.

Os pesquisadores agora esperam estudar o efeito antidepressivo do hormônio em condições como a anorexia.

O professor Stephen Bloom, especialista em regulação de apetite do Imperial College of London, disse que faz sentido acreditar que a grelina tenha impacto sobre outras áreas comportamentais além da fome, mas afirmou que são necessários novos estudos antes que se confirme que um hormônio liberado no estômago tem efeito sobre o humor.

Fonte: BBC Brasil – 16/06/2008

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