Archive for Maio, 2008

O extinto lobo (também conhecido por tigre) da Tasmânia Thylacinus cynocephalus foi ressuscitado, ou pelo menos parte do seu DNA, num rato.

Típico dos estranhos e maravilhosos animais australianos, o lobo da Tasmânia, também conhecido por tilacino, não era nem lobo nem tigre. Parecia um cão mas era de facto um marsupial, com bolsa para criar os juvenis.

O último lobo da Tasmânia conhecido morreu no jardim zoológico de Hobart na Tasmânia em 1936, depois de a espécie já ter sido dizimada na natureza pela caça.

Ao ressuscitar parte da sua sequência genética num rato, os investigadores descobriram uma forma de estudar a evolução da espécie, na esperança de compreender o seu lugar na árvore da vida. A técnica poderá também vir a ser aplicada a outros animais extintos.

Alguns vestígios preservados do lobo da Tasmânia ainda existem, nomeadamente os de um jovem recolhido da bolsa da mãe há 100 anos e conservado em etanol no Museu Vitória de Melbourne.

Andrew Pask, da Universidade de Melbourne, e colegas da Universidade do Texas, Houston, recolheu amostras deste espécime e de peles com cerca de 100 anos mantidas no mesmo museu, e extraiu DNA.

Pask utilizou uma porção de um gene chamado Col2a1, que regula o desenvolvimento da cartilagem e do osso. Injectou-o num embrião de rato no local onde estaria a correspondente secção do Col2a1.

Os embriões de rato cresceram, incluindo a sua informação genética introduzida, e desenvolveram cartilagem e osso de forma normal. Os resultados foram publicados na última edição da revista PLoS ONE.

É a primeira vez que DNA de um animal extinto comprovadamente executou a sua função num animal vivo.

“Até agora apenas fomos capazes de examinar sequências genéticas de animais extintos”, diz Pask. “Esta investigação foi concebida para ir um passo mais à frente e examinar a função genética extinta num organismo inteiro.”

“Penso que é importante que uma pessoa dê o passo para um organismo para tentar compreender como genes ancestrais extintos e os elementos genéticos funcionavam”, comenta Svante Pääbo, director do Instituto Max-Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig, Alemanha.

Mas antes de os fans do filme Parque Jurássico ficarem demasiado entusiasmados, esta ressurreição de um gene não significa que se seja capaz de reconstituir o lobo da Tasmânia em breve.

O percurso exacto da actividade deste gene pode ser muito diferente em dois animais, dizem os investigadores, e a função exacta do gene no lobo da Tasmânia é impossível de decifrar sem se analisar todas as etapas desse percurso.

Por isso, os autores apelam à cautela na interpretação dos resultados, mas referem que o seu método pode, em última análise, permitir o acesso à informação genética que se pensava perdida para sempre quando o último animal exalou o suspiro final.

Fonte: Simbiotica

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Obesidade contribui para aquecimento global, diz estudo

Não bastassem os riscos que trazem para a própria pessoa, a obesidade agora é vista como uma vilã do planeta. Segundo um estudo da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, o excesso de peso contribui para o aquecimento global.

A equipe dos pesquisadores Phil Edwards e Ian Roberts afirmou na sexta-feira (16) no jornal “The Lancet” que pessoas acima do peso gastam mais combustível para o transporte delas próprias e de sua comida (em quantidade maior), gerando conseqüências como a escassez de alimentos e o encarecimento dos combustíveis e outras fontes de energia.

“Todos estamos nos tornando mais pesados. É uma responsabilidade mundial”, afirma Edwards.

A equipe considerou que uma pessoa obesa necessita de 1.680 calorias diárias para manter seus níveis normais de energia e outras 1.280 calorias para as atividades diárias. Os números são 18% superiores ao de uma pessoa com IMC (Índice de Massa Corporal) ideal.

Estima-se que 400 milhões de adultos são obesos no mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que, em 2015, serão 700 milhões de adultos nessa situação.

Fonte: Folha Online

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Segundo ONU, doenças custarão US$ 50 bi ao Brasil em 10 anos

Doenças como diabete, obesidade, câncer e problemas cardíacos custarão ao Brasil quase US$ 50 bilhões nos próximos dez anos. Nesta segunda-feira (19) ministros de 191 países abriram a Assembléia Mundial da Saúde em Genebra para traçar estratégias sobre como garantir que esses prejuízos, principalmente para os países emergentes, sejam reduzidos. Os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que, pela primeira vez, doenças não-transmissíveis passaram a afetar mais pessoas no mundo e matar um número maior que as doenças como Aids, tuberculose ou malária.

“Normalmente associamos países em desenvolvimento com doenças infecciosas. Mas cada vez mais cresce o número de mortes por doenças não-transmissíveis”, alerta Ties Boerma, diretor do departamento de Estatística da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo os dados, a falta de atendimento público em muitos países obriga as pessoas a buscar alternativas privadas. Para pagar por tratamento, cerca de 100 milhões de pessoas são colocadas na pobreza.

Segundo dados da OMS, doenças crônicas são hoje responsáveis por 60% de todas as mortes no mundo e problemas como obesidade e diabete não são apenas doenças de países ricos. Nos próximos 25 anos, essas doenças vão matar 47 milhões de pessoas por ano, com altos custos para as economias. O cálculo da OMS é feito a partir da redução na capacidade produtiva das populações, além dos custos médicos para os sistemas de saúde que a explosão dessas doenças pode representar. No Brasil, o cálculo fica em torno de US$ 50 bi em dez anos. Na China, o custo poderá chegar a US$ 558 bilhões, contra US$ 237 bilhões na Índia.

Além de mais pobres, os países emergentes terão um custo bem superior ao dos países ricos para tratar desses problemas. Na Inglaterra, por exemplo, os prejuízos não devem passar de US$ 33 bilhões. Para tentar reverter a tendência, uma das estratégias da OMS é a de convencer o setor privado a também se envolver e estimular padrões de vida mais saudáveis. A idéia é que empresas, principalmente as multinacionais, adotem práticas para garantir boa saúde entre seus funcionário.

Fonte: Estadão Online

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Aquecimento global está a alterar milhares de sistemas naturais

Uma análise exaustiva das tendências de dezenas de milhar de sistemas biológicos e físicos forneceu mais evidências em favor da visão praticamente universal de que as alterações climáticas de origem humana estão a alterar o comportamento de plantas, animais, rios e muito mais.

O estudo, realizado por uma equipa internacional onde se incluem muitos membros do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), é uma análise estatística das observações de sistemas naturais ao longo do tempo.

Os dados, que se estendem até 1970, capturam o comportamento de 829 fenómenos físicos, como o tempo de escorrência de um rio, e cerca de 28800 espécies biológicas.

Investigadores liderados por Cynthia Rosenzweig, do Instituto Goddard de Estudos espaciais da NASA em Nova Iorque, criou um mapa do planeta usando um código de cores que revela até que ponto as diferentes regiões aqueceram ou arrefeceram entre 1970 e 2004.

Seguidamente colocaram cada um dos milhares de conjuntos de dados sobre o mapa e determinaram se eram “consistentes com aquecimento” ou “não consistentes com aquecimento”. As árvores, por exemplo, podem florescer mais cedo em regiões onde o clima aqueceu significativamente.

Em cerca de 90% dos casos onde a tendência geral se observava, era consistente com os efeitos previstos do aquecimento global, relatam os investigadores na edição desta semana da revista Nature.

“As alterações climáticas induzidas pelo Homem estão a ter um vasto leque de impactos sobre os sistemas físicos e biológicos, não apenas a uma escala global mas também a nível continental”, diz Cynthia Rosenzweig.

O grosso das observações são da Europa, de uma única meta-análise de uma base de dados conjunta de observações de eventos anuais naturais. Várias outras centenas são de estudos realizados noutros locais do mundo, ainda que África, Austrália e América latina estejam mal representadas.

A equipa de Rosenzweig não alega, portanto, ter mostrado que o aquecimento global de origem humana esteja a causar alterações nestes continentes do sul de forma individualizada.

Entre as alterações associadas ao aquecimento observadas no estudo incluem-se as alterações no momento da floração, construção de ninhos, degelo, migração do salmão e libertação de pólen. Declínio na população de ursos polares, krill e pinguins, bem como o crescimento superior dos pinheiros siberianos e do plâncton oceânico de água fria, também estão neste grupo.

“Este artigo fornece um caso extremamente robusto a favor da associação de uma série de alterações físicas e biológicas às alterações climáticas induzidas pelo Homem, especialmente o aquecimento”, diz Roger Jones, do Centre Australiano de Investigação sobre o Clima. “Infelizmente, estes dados não cobrem todo o planeta e muitas regiões, incluindo a Austrália, não são bem cobertas. Muitas das regiões onde não há cobertura são também fortemente vulneráveis aos impactos das alterações climáticas.”

Cagan Sekercioglu, da Universidade de Stanford na Califórnia, estuda o alcance das aves e, entre outros aspectos, a sua resposta às alterações climáticas. Ele está convencido que as alterações climáticas estão a afectar muitos sistemas naturais e está desapontado com a falta de dados para algumas regiões.

“Em África existem 14 estudos no total, já incluindo o Médio Oriente”, diz ele. “Os grandes produtores de petróleo, como a Arábia Saudita e a Venezuela, não têm muitos estudos e és especialmente embaraçoso para mim que o meu país (Turquia) não tenha nenhum.”

Sekercioglu está impressionado com a profundidade do estudo mas considera que já existia um enorme manancial de evidências de que as alterações climáticas estão a afectar o mundo. “Não devia ser sequer preciso publicar estes artigos nesta altura do campeonato”, diz ele. “Este artigo é um argumento a favor de que as alterações climáticas estão a causar as alterações registadas mas isto devia estar mais que assumido. Ao fim de trinta anos não devíamos ainda ter que andar a convencer as pessoas disso.

Rosenzweig olha para esses trinta anos de forma diferente. Foi há cerca de trinta anos que o Instituto Goddard para os Estudos Espaciais começou a trabalhar nos modelos de alterações climáticas. “Menos de 30 depois de o primeiro modelo ter sido desenvolvido, estamos a trabalhar no segundo tratado global (o sucessor do Protocolo de Quioto, que expira em 2012). Penso que a questão do aquecimento global é o maior desafio que o nosso planeta alguma vez enfrentou mas ao mesmo tempo está a conduzir-nos à sustentabilidade, devido à crescente acção sobre a questão.”

Fonte: Simbiotica

Saber mais:

COST 725

IPCC Working Group II Report “Impacts, Adaptation and Vulnerability”

Goddard Institute for Space Studies

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Alterações climáticas estão a acelerar a perda de aves

As alterações climáticas estão a “amplificar significativamente” as ameaças que as aves do mundo enfrentam, concluiu uma avaliação global. A Lista Vermelha das Aves de 2008 salienta que as secas de longa duração e os episódios de clima extremo colocam stress adicional sobre habitats chave.

A avaliação lista 1226 espécies como ameaçadas de extinção, uma em cada oito espécies de aves. A lista, revista a cada quatro anos, é compilada pela organização BirdLife International.

“É muito difícil atribuir precisamente alterações específicas de cada espécie às alterações climáticas”, diz Stuart Butchart, coordenador dos indicadores da avaliação global da BirdLife. “Mas existe agora um novo conjunto de espécies que estão claramente a ser ameaçadas por eventos de clima extremo e secas.”

tentilhão de FloreanaNa lista revista, oito espécies foram acrescentadas à categoria das ‘criticamente ameaçadas’. Uma delas é o tentilhão de Floreana Nesomimus trifasciatus, que é endémico de dois dos ilhéus das Galápagos e cujo efectivo decaiu de 150 em meados dos anos 60 para menos de 60 actualmente.

Os conservacionistas listaram o tentilhão como criticamente ameaçado pois sofre de uma elevada taxa de mortalidade nos adultos durante os anos secos associados aos fenómenos La Niña. Os anos secos têm-se tornado mais frequentes ultimamente e têm sido considerados o principal motor do declínio a que se assiste.

“Outra ameaça para as espécies das ilhas pequenas, como o tentilhão de Floreana, é a ameaça de espécies invasoras, em particular mamíferos e plantas”, diz Butchart. “Elas estão a ter um efeito devastador sobre os habitats. Por exemplo, as cabras e os burros em Floreana estão a alterar completamente a sua estrutura ecológica.”

“Eliminar ou controlar as espécies invasoras é uma acção de conservação muito directa que pode ajudar estas aves a enfrentar estas outras pressões devidas às alterações climáticas.”

“As acções cruciais que são necessárias para impedir que uma espécie como esta se extinga são medidas de mitigação das alterações climáticas em larga escala, como a redução das nossas emissões de carbono, limitar a subida das temperaturas globais médias a não de 2ºC e alterar os valores e estilo de vida das sociedades.”

Segundo Butchart, outro exemplo de uma espécie que está a ser afectada pelas variações no clima é o akekee Loxops caeruleirostris, uma espécie havaiana. “Não só está a sofrer o impacto negativo das chuvas fortes prolongadas que lhe destrói os ninhos mas também estão extremamente ameaçados pela introdução de doenças, transportadas por mosquitos invasores.”

“Os mosquitos estavam restritos às altitudes inferiores, logo as aves estavam a salvo mais acima, longe da malária das aves que eles transportam. Mas devido às alterações climáticas, a zonação de temperaturas está a alterar-se, as altitudes mais elevadas estão mais quentes e os mosquitos vão até mais acima, eliminando a zona livre de doenças onde as aves viviam.”

Em resultado, explica Butchart, esta ave também foi ‘promovida’ ao estatuto de ‘criticamente ameaçada’.

“Não há dúvida que estamos a enfrentar uma crise de conservação sem precedentes mas existem histórias de sucesso que nos dão esperança de que nem todas as espécies ameaçadas estão condenadas. Temos algumas soluções mas precisamos de recursos e vontade política.”

A BirdLife International lançou recentemente o seu Programa de Prevenção da Extinção, que tem como alvo 190 espécies listadas como criticamente ameaçadas. O seu objectivo é descobrir um “campeão da espécie” para cada ave, que financie o trabalho de conservação no terreno dos “guardiões da espécie”.

Uma espécie a que foi retirado o estatuto de criticamente ameaçada, passando a ameaçada foi o pombo imperial das Marquesas Ducula galeata. A principal ameaça a esta espécie são os ratos, uma espécie invasora.

Para proteger a população destas aves de reprodução lenta, os conservacionistas deslocaram 10 adultos para uma ilha vizinha e sem ratos entre 2000 e 2003. A nova comunidade de pombos está agora estabelecida na ilha e espera-se que a população atinja os 50 indivíduos em 2010.

“Esta acção reduziu significativamente o risco de extinção pois a ave está agora espalhada por um número superior de ilhas”, diz Butchart. “Serve para demonstrar que não só o trabalho de conservação funciona como é vital para impedir a extinção desta e de outras espécies.”

Fonte: Simbiotica

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Folato pode reduzir o risco de AVC em homens fumadores

O melhor conselho de saúde para fumadores é a cessação tabágica, contudo, um estudo recente publicado no American Journal of Epidemiology sugere que uma ingestão aumentada de folato pode reduzir em 20% o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em homens fumadores.

Os investigadores do Karolinska Institutet (Stockholm), do Finnish National Public Health Institute (Helsinki) e do National Cancer Institute, US National Institutes of Health (NIH) utilizaram dados do estudo “Alpha-Tocopherol, Beta-Carotene Cancer Prevention Study”, que envolveu 26.556 homens fumadores com idades entre os 50 e os 69 anos.

A ingestão dietética foi avaliada através de um questionário de frequência alimentar validado e foi calculada a ingestão de folato, vitaminas B6 e B12 e metionina da dieta.

Durante 13,6 anos de acompanhamento, os investigadores documentaram 3.281 casos de AVC, incluindo enfartes cerebrais, hemorragias intracerebrais e hemorragias subaracnóides.

Depois de ajustados para a idade e outros factores de risco cardiovascular, os resultados demonstraram que os indivíduos com ingestão média de folato mais elevada (410 µg/dia) apresentaram uma probabilidade 20% menor de sofrer enfarte cerebral em comparação com os indivíduos com ingestão mais reduzida (262 µg/dia).

Uma associação inversa entre a ingestão de folato e o risco de AVC é biologicamente plausível uma vez que a suplementação com ácido fólico diminui a homocisteína sanguínea, que em elevadas concentrações pode lever a danos vasculares (disfunção endotelial, aumento da espessura arterial e da rigidez arterial) e a uma actividade pró-coagulante aumentada”, explicaram os investigadores.

No entanto, a ingestão de vitamina B6 e B12 e metionina não revelaram qualquer associação com nenhum tipo de AVC.

Embora estes dados observacionais não provem uma relação causal, indicam que o consume elevado de alimentos ricos em folato (p.ex. cereais integrais, legumes de folhas verdes, laranjas e leguminosas) podem desempenhar um papel importante na prevenção de AVC”, concluíram.

Fonte: American Journal of Epidemiology. Published online ahead of print 12 February 2008, doi: 10.1093/aje/kwm395

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Antocianinas revelam potencial anti-obesidade

As antocianinas, pigmentos antioxidantes presentes em frutos e legumes, influenciam directamente os adipócitos e podem ser usadas na prevenção do aumento de peso, sugere um novo estudo Japonês.

Experiências in vitro e in vivo demonstraram que os antioxidantes influenciam a função dos adipócitos, podendo assim desempenhar um papel importante na prevenção da obesidade e do síndrome metabólico.

O síndrome metabólico é uma condição caracterizada pela presença de obesidade central, hipertensão arterial e distúrbios no metabolismo da glicose e insulina. Tem sido associado ao risco elevado de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Estima-se que cerca de 15% dos adultos Europeus são afectados pelo síndrome metabólico, enquanto que a estatística Norte Americana é estimada em 32%. A obesidade é estabelecida como o principal factor de risco para o síndrome metabólico.

O novo estudo focou os efeitos da antocianina cianidina-3-glucósido (C3G) em ratos com uma dieta hiperlipídica e em adipócitos humanos incubados com o composto.

Os resultados revelaram que os ratos com uma dieta hiperlipídica suplementada com C3G (0,2%) durante 12 semanas apresentaram pesos corporais significativamente mais baixos do que os animais alimentados apenas com a dieta hiperlipídica (30% de banha). Para além disso, a suplementação com C3G suprimiu o aumento nos depósitos tecidulares induzido pela dieta hiperlipídica.

O estudo in vitro utilizou pré-adipócitos humanos (células que podem ser estimuladas para se desenvolverem em adipócitos maduros) e incubou-os com antocianinas durante 24 horas. Foi observada uma contra-regulação do inibidor do activador do plasminogénio tipo 1 (PAI-1), geralmente associada à obesidade e diabetes tipo 2, após a incubação, sugerindo que a regulação da expressão do PAI-1 é um dos importantes alvos terapêuticos para o síndrome metabólico.

Estes estudos indicam que as antocianinas têm uma vantagem terapêutica única, responsável pela regulação da função dos adipócitos (…) Os resultados fornecem uma base bioquímica para o uso de antocianinas, que pode também ter implicações importantes na prevenção do síndrome metabólico”, explicaram os investigadores.

Fonte: Journal of Agricultural and Food Chemistry 2008, 56 (3): 642-646.

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Consumo de vegetais crucíferos crus associado a menor risco de cancro da bexiga

Estudo recente revela que o consumo aumentado de vegetais crucíferos (brócolos, couve-flor) crus pode diminuir o risco de cancro da bexiga em 36%. Os efeitos benéficos foram limitados a vegetais crus e não foram observados quaisquer benefícios resultantes do consumo de frutos e outros vegetais.

Este é o primeiro estudo epidemiológico a considerar o consumo cru vs confeccionado na avaliação da relação entre a ingestão de vegetais crucíferos e o risco de cancro da bexiga (…) Verificámos que apenas a ingestão de vegetais crucíferos crus, mas não confeccionados, frutos e outros vegetais, revelou uma associação inversa forte e estatisticamente significativa com o risco de cancro da bexiga”, explicaram os investigadores.

Estudos epidemiológicos e animais têm demonstrado que dietas ricas em vegetais crucíferos resultam numa baixa incidência de certos tipos de cancro, especialmente do pulmão, cólon, mama e ovário.

De acordo com a European School of Oncology, o cancro da bexiga é diagnosticado em cerca de 336.000 pessoas a cada ano por todo o mundo e é três vezes mais frequente em homens do que em mulheres.

Os investigadores do Roswell Park recolheram dados dietéticos de 275 pacientes internados por cancro da bexiga e 825 controlos saudáveis, e verificaram que aqueles que apresentavam maior consumo de vegetais crucíferos crus apresentavam 36% menor risco de desenvolver a doença. Para além disso, foram observados fortes efeitos protectores entre fumadores com uma ingestão de 3 ou mais porções de vegetais crucíferos crus por mês, com uma redução de 40-54% do risco. Por outro lado, não foram verificados quaisquer benefícios quando os investigadores consideraram a ingestão combinada de vegetais crucíferos crus e confeccionados.

A confecção pode reduzir substancialmente ou mesmo destruir os isotiocianatos presentes nestes vegetais, contribuindo para inconsistências do estudo”, afirmaram.

As propriedades anti-cancerígenas dos vegetais crucíferos, como os brócolos e couve-flor, não são novas e estudos anteriores relacionaram estes benefícios aos elevados níveis de químicos activos das plantas, os glucosinolatos. Estes compostos são metabolisados pelo organismo em isotiocianatos e as evidências sugerem que estes são agentes anti-cancerígenos potentes.

Fonte: Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention, 2008, 17: 938-944.

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Vegetarianismo – descrição do Glossário Esotérico, de Trigueirinho

‘Vegetarianismo. Sistema alimentar baseado em vegetais e isento de carnes.

Há alguns vegetarianos que fazem uso de alguns produtos derivados de animais, como ovos e laticínios.
Os benefícios do vegetarianismo são amplos e eram conhecidos desde tempos remotos. Esse sistema era utilizado, por exemplo, entre os essênios como meio de purificação e como estímulo para o aperfeiçoamento das faculdades da alma e do corpo.

Conjugado com a abstenção do álcool, de fumo e de drogas, o vegetarianismo traz alívio ao corpo e reforça na consciência a capacidade de superar obstáculos decorrentes de tendências equivocadas absorvidas no decorrer das encarnações.

Todavia, sem que se depure o caráter e se almeje o serviço altruísta, essa prática torna-se mera dieta, que tanto pode ser saudável como redundar em carências.

A alimentação vegetariana possibilita clareza mental, desanuvia o cérebro e os corpos sutis de violência e de paixões. Principalmente quando o indivíduo se propõe controlar suas forças emotivas e instintivas, é-lhe indicado abster-se de carnes.

Pelo magnetismo, o alimento animal introduz no organismo humano certa classe de inclinações psíquicas, entre as quais o medo, inclinações que devem ser superadas e não reforçadas.
As recomendações para deixar de ingerir carne levam em conta não só a ampliação da consciência humana, mas a evolução de toda vida planetária.
Do ponto de vista ético e espiritual, a alimentação vegetariana colabora no reequilíbrio do carma humano, sobrecarregado pelo morticínio constante de animais.

De modo geral, o tipo de alimentação de uma pessoa depende do nível em que sua consciência está polarizada e do seu carma. Porém, quando ela assume colaborar na evolução, sua alimentação passa a ser determinada sobretudo pelo nível para o qual sua consciência deve trasladar-se. No futuro,após a purificação planetária, será inconcebível que o ser humana ingira cadáveres de animais, prática agora tão comum’.

Fonte: Glossário Esotérico, de Trigueirinho

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As super-velozes baleias-piloto foram observadas a ‘correr’ em perseguição da presa, que provavelmente inclui lulas gigantes.

A rápida perseguição levou a comparações com as igualmente velozes mas terrestres chitas.

Os cetáceos até utilizam a mesma estratégia altamente especializada que as chitas usam na caça, relatam os cientistas na última edição da revista Journal of Animal Ecology. Segundo eles, acaba com a falsa percepção que temos de que as baleias de águas profundas são animais lentos.

É a primeira vez que este espantoso comportamento, que ocorre centenas de metros debaixo da água e na mais completa escuridão, foi registado.

“Tanto quanto sabemos, nenhuma outra baleia foi registada a nadar assim tão rápido em profundidade”, diz a bióloga marinha Natacha Aguilar Soto, da Universidade La Laguna de Tenerife. “As baleias-piloto parecem ser as melhores atletas de velocidade dos mamíferos marinhos que mergulham em profundidade.”

Aguilar Soto é membro de uma equipa internacional de investigadores pertencentes a La Laguna, Woods Hole Oceanographic Institution de Massachusetts e da Universidade de Aarhus na Dinamarca.

A equipa marcou e estudou 23 baleias-piloto Globicephala macrorhynchus que vivem ao largo das ilhas Canárias, um dos três locais do mundo onde estas baleias residem permanentemente. As marcações, concebidas pelo co-autor do estudo Mark Johnson do Woods Hole, registaram a velocidade, profundidade e direcção dos mergulhos das baleias, bem como os sons que produziam e ouviam.

Durante o dia, as baleias são vistas frequentemente a preguiçar à superfície em grupos sociais, o que levou os cientistas a pensar que apenas caçavam à noite. Mas as marcações demonstraram que também caçam durante o dia e quando o fazem, mergulham fundo e mergulham rápido.

As marcações mostraram que as baleias demoram apenas 15 minutos a mergulhar de 800 a 1000 metros ou mais. Quando localizam a presa, lançam-se sobre ela a uma velocidade de 9 metros por segundo (32 Km/h). Para além disso, conseguem manter este sprint durante 200 metros, antes de capturarem a presa ou desistirem da perseguição.

A descoberta desafia de forma fundamental a nossa percepção do comportamento dos animais de águas profundas, diz Aguilar Soto. Até agora, os investigadores assumiram que as baleias que mergulham a grande profundidade se deslocavam com relativa lentidão, devido à necessidade de conservar oxigénio enquanto sustinham a respiração.

“Foi completamente inesperado que as baleias piloto atinjam esta velocidade com reservas limitadas de oxigénio. As chitas, por exemplo, duplicam a sua taxa respiratória durante a caçada”, diz Aguilar Soto.

Por isso, como as chitas, as baleias piloto devem ter uma estratégia de caça baseada na velocidade e nos sprints energeticamente dispendiosos mas, de alguma forma, conseguem faze-lo a suster a respiração. Isso pode explicar o motivo porque são observadas a preguiçar na superfície, podem estar a recuperar do esforço da caçada.

Também existem provas indirectas de que as baleias podem estar a caçar lulas gigantes. Durante os mergulhos, os marcadores acústicos revelaram que as baleias mudavam da sua ecolocação lenta para uma série de cliques rápidos, como um zumbido.

Isso permite-lhes “ver com o som” a uma maior resolução, diz o co-autor Peter Madsen, da Universidade Aarhus. “A analogia pode ser como passar de fotos para vídeo, indicando que as baleias estão a tentar capturar presas depois do sprint.”

Mas “a presa deve ser suficientemente grande e calórica para recompensar os mergulhos profundos e deve ser capaz de se deslocar suficientemente rápido para ultrapassar as baleias à velocidade máxima”, diz Aguilar Soto.

Um animal encaixa, a lula gigante Architeuthis. “Descobrimos um pedaço de Architeuthis a flutuar próximo de baleias piloto a mergulhar e lulas gigantes mordidas ão comuns na zona onde as baleias vivem”, diz ela.

Pablo Aspas também fotografou uma baleia piloto com um tentáculo na boca (imagem acima). “A cor e forma das ventosas indicam que pertence a uma Architeuthis e o tamanho do pedaço indica que o tentáculo inteiro devia ter dois mentros, ou seja, era de uma lula com 4-5 metros e 180 kg de peso”, diz o perito em cefalópodes Angel Guerra, do Instituto de Investigação Marinha de Vigo.

Fonte: Simbiotica

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