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Soja: a Verdade por trás do Mito



Por Flávio Passos
http://www.puravida.com.br/ 
A soja está na moda. Estrela de capa de revista, onipresente nas prateleiras de lojas de produtos “naturais”, recomendada com louvor por médicos e nutricionistas. Muitos que se propõem a melhorar a qualidade do que comem começam por acrescentar seus derivados em sua dieta, de fato acreditando que estão fazendo escolhas mais saudáveis. Atualmente, a percepção geral do público é a de que qualquer coisa que contenha soja é saudável.Infelizmente isso não é bem verdade. 
Toda esta propaganda que promove a soja como um “alimento milagroso” é apenas mais uma armadilha da indústria alimentícia.
Afinal, a indústria da soja é tão grande quanto à indústria do leite (que o promove como “fonte essencial de cálcio”) e a indústria da carne (que a promove como “fonte essencial de proteínas”), e dispõe de grande orçamento para patrocinar estudos e publicidade para colocar a leguminosa em alta.Promovida como uma alternativa “mais do que saudável” para o leite e para a carne, a soja hoje é adicionada em quase tudo. Biscoitos, macarrão, salgadinhos infantis, fórmulas nutricionais para bebês, bebidas prontas, suplementos para atletas… Parece que adicionar soja entre os ingredientes é bom negócio. O consumidor realmente acredita optar por algo melhor quando lê a palavra mágica “soja” entre os ingredientes.
Não é a primeira vez que a indústria se aproveita do pouco estudo do consumidor e pincela a realidade com toques de fantasia. Neste caso, porém, a dimensão da “fábula” se tornou realmente enorme e se fala até mesmo em “milagre da soja”. Já passa da hora da verdade ser dita. E a verdade é que, a menos que seja preparada da maneira correta, a soja é um veneno para a delicada bioquímica do corpo humano.



Sabedoria Ignorada
A soja foi utilizado como alimento pela primeira vez durante a antiga dinastia Chou (1134-246 AC), somente após esta cultura ter aprendido a transformá-la em algo biodisponível através do processo de fermentação, o que fez surgir alimentos como o missô, o tempê, o nattô e o tamari. A soja era então, utilizada apenas como condimento e em pequenas quantidades, como é até hoje nas culturas tradicionais. Nunca foi utilizada como substituto para alimentos de origem animal e nem mesmo da maneira excessiva como tem sido propagada nos dias de hoje pela cultura ocidental.
A sabedoria dos antigos compreendia que a soja que não é preparada devidamente é altamente indigesta. Algo que foi ignorado por aqueles que propagam o uso irrestrito da soja, na forma do grão integral cozido, na forma de “carne” ou “leite” de soja e nas inúmeras formas de soja não-fermentada, desnaturada pelo calor excessivo e/ou pressão, tratada com químicos, fracionada ou coagulada para se transformar em tofu ou até mesmo geneticamente modificada para ser resistente a pragas e, portanto, fornecer maior lucratividade por metro quadrado.
O fato é que existe um elevado conteúdo de anti nutrientes na soja que não é devidamente preparada. Anti nutrientes são substâncias que interferem com a absorção de nutrientes e seu consumo freqüente conduz a deficiências crônicas de minerais. Na soja se concentram substâncias como o ácido fítico e alguns inibidores enzimáticos que bloqueiam a ação da tripsina (uma importante enzima vital), dentre outras enzimas essenciais. Estes inibidores são proteínas resistentes que retém sua configuração mesmo quando cozidas por longos períodos. Quando ingeridas, estas substâncias produzem desarranjo gástrico, redução na capacidade de digestão das proteínas e deficiências crônicas de aminoácidos.


Os chineses sabiam disto e, portanto, só consumiam a soja fermentada. A fermentação, realizado por microorganismos benéficos (probióticos), pré digere a proteína em aminoácidos e inativa tanto os inibidores enzimáticos quanto os anti nutrientes. Desta forma a soja se transforma em um alimento altamente biodisponível, apta ao consumo humano. Se a soja não for preparada desta maneira bem específica, ou seja, por fermentação lenta, o melhor é evitá-la.
 A soja contém naturalmente fito estrógenos, substâncias que mimetizam a ação do hormônio estrogênio dentro do corpo humano. Quando você ingere uma pequena quantidade destas substâncias o corpo se adapta sem alterações, mas em excesso estes fito estrógenos causam desequilíbrio hormonal. Acontece que, além do hábito ocidental de consumir a soja em quantidades excessivas, a absoluta maioria da soja disponível é geneticamente modificada. A soja geneticamente modificada contém muito mais fito estrógenos do que a soja natural. Seu consumo agride o equilíbrio hormonal e pode conduzir à puberdade prematura e a uma série de doenças relacionadas ao excesso de estrogênios no decorrer da vida. Pesquisas ainda pouco divulgadas (afinal, não contribuem para a lucratividade da indústria) demonstraram que o uso de soja nas fórmulas de nutrição para bebês pode causar danos irreversíveis em seu sistema nervoso. A sugestão é não consumir produtos geneticamente modificados de qualquer espécie, e no caso da soja isto é particularmente difícil.

Proteína Vegetal Texturizada: Resíduo IndustrialA proteína isolada da soja, presente em suplementos para atletas e em diversos alimentos industrializados, assim como a proteína vegetal texturizada, ou carne de soja, são, sem exagero, venenos tóxicos para o sistema biológico humano. É importante lembrar que nem todos os venenos matam na primeira dose. Porém, assim como os refrigerantes, os refinados e as frituras, esses derivados industriais da soja são agressivos e anti naturais para o sistema e contribuem para o desequilíbrio da ecologia interior. Ainda que o organismo seja equipado com uma exímia capacidade de expulsar toxidade, a cada vez que você escolhe ingerir algo inadequado está desnecessariamente desgastando o mesmo, poluindo sua bioquímica interior e ofendendo a Natureza que vive dentro de você. Ainda que sua sensibilidade possa não estar vívida o suficiente para perceber esta realidade.
O que faz com que estas substâncias sejam tão nocivas é justamente a sua natureza altamente processada. Para produzir a proteína isolada de soja, os grãos da leguminosa são primeiramente moídos e depois mergulhados em solvente químico de petróleo, com o objetivo de extrair os óleos naturais do grão. O resíduo desta mistura, que é na verdade a sobra do processo industrial de extração do óleo é então misturado com açúcares e com uma solução alcalina (também química) para remover qualquer fibra. A massa resultante é então precipitada e separada utilizando uma lavagem ácida, feita geralmente em enormes tanques de alumínio. O ácido faz com que o alumínio se dissolva das paredes dos tanques e se concentre na soja. De fato, a proteína isolada de soja pode ter até 100 vezes o conteúdo de alumínio que se encontraria nos grãos in natura. Finalmente, o que sobra é neutralizado em uma solução alcalina e depois desidratado em altas temperaturas para produzir um pó protéico.
O resultado final é um pó que é tão artificialmente desnaturado que se transforma em veneno. Mesmo assim, a maioria dos anti nutrientes presentes naturalmente na soja resistem e permanecem em seu conteúdo. Seu corpo é incapaz de utilizar a proteína isolada da soja de qualquer forma; o que ele faz é simplesmente tentar eliminá-la do sistema o mais rápido possível.
Proteína vegetal texturizada, ou PVT, a famosa “carne de soja” não é nada mais do que proteína isolada de soja que foi compactada através de um processo industrial de elevada pressão e temperatura. Tão venenosa quanto o isolado de proteína de soja, se não mais, porque esta é muitas vezes adicionada de corante caramelo, substância reconhecidamente cancerígena, e o famigerado realçador de sabor glutamato monossódico, um dos piores venenos que o ser humano pode colocar para dentro de seu templo biológico. 


Assim sendo, uma maneira de medir os critérios de qualidade de um restaurante que se denomina natural é verificar se este oferece a tal “carne de soja”, ou proteína vegetal texturizada (PVT) em seu cardápio. Pratos como “Strogonoff de carne de soja”, carne de soja refogada, kibe, coxinha ou pastel de carne de soja, molho bolognesa com carne de soja e outras opções semelhantes são uma clara demonstração de que os responsáveis pela elaboração do cardápio carecem de um tanto mais de estudo, uma vez que estão se propondo a oferecer opções de alimentos naturais que contribuem para a saúde das pessoas.
Naturalmente, os critérios das grandes indústrias alimentícias não são muito melhores e portanto é recomendável que você adquira o hábito de ler o rótulo daquilo que você está habituado a comprar e evite tudo aquilo que contenha proteína isolada de soja ou proteína vegetal texturizada em sua composição. Eles estão adicionando isto em tudo hoje em dia, especialmente naquilo que tem como meta atingir o nicho de mercado “natural e saudável”. Uma grande mentira, é claro, pois como foi demonstrado não pode haver coisa tão distante do natural e do saudável.
Um apelo especial às mães: não dê aos seus bebês qualquer coisa que contenha proteína isolada de soja ou PVT, nem mesmo fórmulas feitas com extrato de soja ou leite de soja. Leite de soja é altamente indigesto e carrega em sua composição todos os anti nutrientes e toxinas advindas do processo de industrialização. 
Consideremos o processo envolvido no feitio do leite de soja. Primeiramente, com o objetivo de remover alguns dos anti nutrientes (mas não todos), os grãos da soja são mergulhados em uma solução alcalina. Esta mistura é então cozida em panelas de pressão gigantescas, algo que desnatura a proteína da soja a tal ponto que a torna algo muito difícil para o corpo digerir. A solução alcalina em que os grãos ficam de molho deixa neles um carcinogênico (cancerígeno) chamado lisinealina.
Portanto, se é absolutamente necessário beber leite de alguma espécie, que seja o leite de amêndoas, de gergelim, de coco, de castanhas, de nozes, de girassol, de linhaça, de quinua ou, em último caso, de arroz. 


Tofu: Só em pequenas quantidades
Mesmo produtos fracionados da soja como o tofu trazem consigo alguns inconvenientes, pois herdam os anti nutrientes e inibidores enzimáticos, ainda intactos em sua maioria. O processo de feitio do tofu de fato reduz parte do conteúdo de anti nutrientes, mas muito deste conteúdo permanece. O ácido fítico permanece intacto.

Tofu é uma adição bem recente às culturas orientais, e mesmo lá ele é utilizado apenas como condimento, em quantidades moderadas. 
A tragédia é que os produtos de soja estão sendo promovidos atualmente em escala sem precedentes, e as pessoas induzidas a pensar que são alternativas saudáveis para o dia-a-dia.Médicos e nutricionistas que não se dedicam a se aprofundar neste estudo passam adiante as informações patrocinadas pela indústria multibilionária que financia estudos dúbios para incentivar as vendas. O problema é especialmente significativo para aquelas pessoas que, sensibilizadas com o absurdo que é a indústria do sofrimento animal, optam por não mais ingerir carne, derivados de leite e ovos e recebem a informação de que precisam suplementar as necessidades de proteína através da soja, passando assim a consumir derivados da leguminosa com freqüência e em grande quantidade. 


Em 2003 foi feita uma pesquisa, extensamente divulgada pelo Dr. John McDougall, MD, que demonstrou que os fatores de estimulação hormonal da soja podem acelerar em até 69% (30% a mais que os temíveis laticínios) o crescimento de células cancerosas e tumores através da estimulação exagerada de um fator corporal denominado IGF-1 (Insulin Growth Factor). Somente este fator seria significativo o suficiente para despertar um alerta em relação ao desmedido consumo de soja que tem acontecido. Como vimos, entretanto, este está longe de ser o único.
Os únicos produtos de soja recomendáveis são aqueles elaborados a partir da fermentação da mesma, tais como o missô, o tamari, o tempê e o nattô, os quais devem ser originados de grãos orgânicos, e não modificados geneticamente. Tofu não deveria ser usado como substituto para a carne, mas, no máximo, ingerido em pequenas quantidades, como um condimento, assim como fazem as culturas asiáticas que deram origem a ele.


MITOS E VERDADES SOBRE A SOJA 
(Fonte: Fundação Weston Price)


Mito: Culturas asiáticas consomem grandes quantidades de soja. 
Verdade: O consumo médio de soja no Japão e na China é de 10 gramas (aproximadamente 2 colheres de chá) por dia. Asiáticos utilizam a soja em pequenas quantidades, como condimento, e não como substituto para a proteína animal.
Mito: A soja fornece proteína completa.
Verdade: Como todas as leguminosas, a soja é deficiente em aminoácidos sulfurosos com a Metionina e a Cistina. Além disso, o processamento industrial desnatura a frágil Lisina.
Mito: Alimentos fermentados de soja pode fornecer a vitamina B12 para suprir as necessidades de dietas vegetarianas.
Verdade: O composto que lembra a vitamina B12 presente na soja não pode ser utilizado pelo corpo humano. De fato, alimentos provenientes da soja causam ao corpo uma necessidade maior de B12.
Mito: A fórmula nutricional para bebês feita de soja é saudável.
Verdade: Os inibidores enzimáticos da soja afetam a função pancreática. Dietas com elevado teor de tripsina, quando testadas em animais, levaram a uma paralisia do crescimento e desordens do pâncreas. Soja aumenta a necessidade de vitamina D do corpo, necessária para o fortalecimento dos ossos e para o desenvolvimento em geral. O ácido fítico também reduz a absorção do ferro e do zinco, igualmente importantes para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso. E a megadose de fito estrogênios na fórmula infantil de soja tem sido implicada como um dos fatores da tendência do desenvolvimento sexual prematuro das meninas e do retardamento do desenvolvimento sexual dos meninos.
Mito: Derivados de soja podem ajudar a prevenir a osteoporose. 
Verdade: Derivados de soja podem causar deficiências em cálcio e em vitamina D, ambos necessários para a saúde dos ossos. 
Mito: Derivados de soja protegem contra diversos tipos de câncer.
Verdade: Um estudo feito pelo governo britânico relatou que não existe qualquer evidência que a soja protege contra câncer de mama ou qualquer outro tipo de câncer. De fato, derivados de soja podem resultar num aumento do risco de câncer. 
Mito: Derivados de soja protegem contra doenças de coração.
Verdade: Em algumas pessoas, o consumo de soja irá reduzir o colesterol, mas não há qualquer evidência que as doenças do coração estejam ligadas ao aumento do colesterol.
Mito: O fito estrogênio da soja (isoflavona) é saudável.
Verdade: As isoflavonas são agentes que rompem o equilíbrio do sistema endócrino. Acrescentados na dieta, podem prevenir a ovulação e estimular o crescimento de células cancerígenas. Apenas 30 gramas (4 colheres de sopa) de soja por dia pode resultar em hipotireoidismo com sintomas de letargia, constipação, ganho de peso e fadiga.
Mito: Derivados de soja são bons para as mulheres em seus anos pós-menopausa. 
Verdade: Derivados de soja podem estimular o crescimento de tumores devido ao seu teor elevado de estrogênio, além do já mencionado déficit no funcionamento da tireóide. Uma tireóide debilitada é associada com dificuldades na menopausa. 
Mito: Os fito estrogênios da soja podem melhorar a capacidade cerebral.
Verdade: Um estudo recente revelou que as mulheres com a maior quantidade de estrogênio em seu sangue apresentavam os menores níveis de função cognitiva. O consumo de tofu é relacionado com o crescimento da ocorrência da doença de Alzheimer em descendentes de japoneses.
Mito: A soja é boa para a sua vida sexual.
Verdade: Diversos estudos demonstraram que derivados da soja causam infertilidade nos animais. O consumo da soja estimula o crescimento dos cabelos em homens de meia idade, algo que indica redução nos níveis de testosterona. Donas de casa japonesas alimentam seus maridos consistentemente com tofu quando querem reduzir sua virilidade.
Mito: A soja é boa para o meio ambiente. 
Verdade: A maior parte da soja cultivada hoje em dia é geneticamente modificada, o que amplia o uso de pesticidas e polui a biosfera.
Mito: O cultivo da soja é um auxílio para os países subdesenvolvidos.
Verdade: Em países de terceiro mundo, o cultivo da soja toma o lugar dos cultivos tradicionais e transfere o valor adicional do processamento da população para as corporações multinacionais. 
Outros Tipos de Feijão também são como a Soja:
Não é só a soja que tem os seus inconvenientes: todos os membros da família dos feijões apresentam fatores de dificuldade para a digestão, a menos que sejam devidamente preparados.

Qualquer tipo de feijão, a menos que ainda esteja verde dentro da vagem, também apresenta inibidores enzimáticos e anti nutrientes em sua composição. A Mãe Natureza designou estes anti nutrientes nos feijões para impedir que brotassem e crescessem antes que estivessem no ambiente correto. 
Além da questão dos inibidores e anti nutrientes, o tipo de proteína que se encontra em um feijão maduro é difícil de ser quebrado pelo sistema digestivo, fato que normalmente resulta em um processo digestivo incompleto, onde fermentações ocorrem no tubo digestivo. Por isso é tão comum ter gases depois de comer feijão. 
De fato, assim como é em relação à soja, para qualquer feijão se tornar idealmente leve e digestivo é necessário que antes este seja deixado de molho de um dia para o outro. Na manhã seguinte, os grãos devem ser lavados e deixados em repouso sobre uma peneira. Os grãozinhos inchados recebem da água a mensagem de que podem então despertar para a vida e iniciar seu processo de germinação. 


No processo de germinação, a semente dormente inicia uma série de transformações que inativam os inibidores e anti nutrientes e pré digerem a proteína. O ideal é manter os feijões sempre úmidos, enxaguando-os duas vezes por dia até que estejam completamente brotados, num processo que pode levar em média 72 horas, dependendo do tipo do feijão. Os brotos são a forma mais leve de aproveitar os nutrientes deste tipo de alimento.
Alguns feijões podem ser apreciados na forma de brotos crus, como é o caso do azuki, do moyashi (imagem acima) e das lentilhas, desde que tenham sido brotados por pelo menos 72 horas. Caso tenham sido apenas parcialmente brotados (ou seja, por menos do que 72 horas), o ideal é cozê-los lentamente para desativar o que resta de suas substâncias indesejáveis. 
No caso dos outros tipos de feijões (incluindo a soja, o roxinho, o grão de bico e todos os demais) o processo para o aproveitamento ideal de sua nutrição é primeiro germiná-los por 48 horas, para depois cozinhar. Os brotos podem então ser transformados em pasta e finalmente fermentados lentamente a partir de probióticos benéficos. Desta forma obtém-se missô, um condimento pré digerido que é livre de qualquer tipo de inibidor enzimático ou anti nutriente e ainda um suplemento de bactérias benéficas ao organismo. Sim, pode-se obter o missô de feijão azuki, lentilhas e outros feijões diversos. Esta é a forma ideal de consumo de qualquer tipo de feijão.
Os feijões mencionados acima (moyashi, azuki e lentilhas) são os de digestão mais fácil e leve, portanto os mais recomendáveis para consumo freqüente (desde que preparados devidamente). Feijões mais densos como o preto ou o roxinho deveriam ser deixados para ocasiões ao invés de fazer parte da dieta do dia-a-dia. Grão de bico é um exemplo de um feijão bem denso, que a menos que seja preparado a contento (germinado e depois cozido) deveria ser evitado. Outros feijões de difícil digestão são o feijão branco e o feijão fava, ambos ricos em toxina hemaglutinina, assim como o são o roxinho, o jalo e diversas outras variedades, algo que inviabiliza seu consumo em estado cru. 


O Feijão Nosso de Cada Dia
Culturalmente os feijões são ingredientes consagrados da culinária do Brasil e de diversas partes do mundo. O prato mais famoso da culinária brasileira é a Feijoada, e o arroz com feijão considerado como a estrutura nutritiva de toda uma nação.
A pergunta que fica é: será que um ingrediente que requer tantos métodos de transformação para ser consumido sem problemas deveria ser considerado um alimento tão essencial assim? Os melhores alimentos são aqueles que a Natureza fornece já prontos: folhas verdes, frutas silvestres. Estes sim devem ser consumidos com freqüência abundante.


Tudo o que você pode encontrar nos feijões você também encontra em outros alimentos, sem as desvantagens e com muito mais facilidade de preparo. Ferro, magnésio, proteínas, molibdênio… estes e outros nutrientes você encontra suficientemente nas folhas verde escuras, sem dúvida a fonte de alimento mais abundante, rica e medicinal deste planeta. Um belo e consistente suco de folhas verdes, acompanhado de outros ricos e nobres elementos dietéticos como, por exemplo, a semente de linhaça, supre tudo o que você pode obter nos feijões, sem lhe deixar pesado e com o pensamento lento, muito pelo contrário. 
É importante lembrar que quanto mais leve e de fácil digestão é uma refeição, melhor, mais dinâmico e capaz de realizar qualquer coisa você se sentirá nas próximas horas.


Os antigos membros da escola do sábio Pitágoras observavam a total abstenção de feijões em geral, assim como faziam com a carne, pois estes eram considerados “alimentos impuros” e de difícil digestão, responsáveis pelo embotamento do intelecto e das percepções sutis. 
Para concluir, feijões, desde que preparados dentro dos critérios descritos, podem muito bem fazer parte de uma dieta leve e saudável, porém não são absolutamente necessários. Existem fontes mais leves, mais digestivas e de preparo mais simples para se obter os importantes nutrientes. Se ainda assim escolher os feijões como fonte de nutrientes, lembre-se de germiná-los por alguns dias antes de cozinhar. Faz uma enorme diferença, e você certamente terá menos gases.


Finalmente, uma das mais agradáveis formas de se apreciar os feijões é através de suas vagens. Neste estado ainda se encontram livres de inibidores enzimáticos, anti nutrientes ou hemaglutininas. Tudo o que requerem é um rápido cozimento no vapor.


As vagens, ou feijões imaturos, são normalmente muito menos apreciadas do que merecem. Riquíssimas em vitamina K, vitamina C, vitamina A, manganês, fibras, potássio, ácido fólico, ferro, triptofano, proteínas e até mesmo ômega 3 (algo que não se encontra no feijão maduro), as vagens não são apenas práticas, leves e nutritivas, mas também deliciosas se preparadas a contento.



Uma forma sensacional de saborear este vegetal é usá-lo como substituto para a massa de macarrão penne. Selecione vagens novas, frescas e firmes, lavando-as bem e cortando a base com o cabo. Em seguida, faça dois cortes em diagonal, cortando cada vagem num formato semelhante ao penne. Cozinhe no vapor por dez minutos, ou até que fique ao dente. Cubra com o molho de sua preferência (evite os enlatados industrializados e prefira os orgânicos, especialmente os caseiros) e saboreie esta delícia nutritiva, sem glúten e sem excesso de carboidratos!

Esperamos que esse texto possa lhe ajudar a clarear um pouco mais sobre o conhecimento da soja e os grãos…
Harih OM!

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SOJA É MESMO BOA PARA CONSUMIR?


Hoje em dia existe uma verdadeira febre de consumo de soja. Propagada como um alimento rico em proteínas, baixo em calorias, carboidratos e gorduras, sem colesterol, rico em vitaminas, de fácil digestão, um ingrediente saboroso e versátil na culinária, a soja, na verdade é mais um “conto do vigário” do qual a maioria é vítima.

É bem verdade que a soja vem da Ásia, mais especificamente da China. Porém, os chineses só consumiam produtos FERMENTADOS de soja, como o shoyu e o missô. Por volta do século 2 A.C., os chineses descobriram um modo de cozinhar os grãos de soja, transformá-los em um puré e precipitá-lo através de sais de magnésio e cálcio, formando o assim chamado “queijo de soja” ou tofu. O uso destes alimentos derivados de soja se espalhou pelo oriente, especialmente no Japão. O uso de “queijo de soja” como fonte de proteína data do século 8 da era cristã (Katz, Solomon H “Food and Biocultural Evolution A Model for the
Investigation of Modern Nutritional Problems”, Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50).

Não é à toa que os antigos chineses não se alimentavam do grão de soja. Hoje a ciência sabe que ela contém uma série de substâncias que podem ser prejudiciais à saúde, e que recebem o nome de antinutrientes.

Um destes anti nutrientes é um inibidor da enzima tripsina,
produzida pelo pâncreas e necessária à boa digestão de proteínas. Os
inibidores da tripsina não são neutralizados pelo cozimento. Com a
redução da digestão das proteínas, o caminho fica aberto para uma série
de deficiências na captação de aminoácidos pelo organismo. Animais de
laboratório desenvolvem aumento no tamanho do pâncreas e até câncer
nessa glândula, quando em dietas ricas submetidos a inibidores da enzima tripsina.

Uma pessoa que não absorve correctamente os aminoácidos, tem o seu crescimento e desenvolvimento prejudicado. Você já notou que os japoneses são, normalmente, mais baixinhos? Já os descendentes que vivem em outros países e adoptam as dietas desses países, costumam ter uma estatura maior que a média no Japão. (Wills MR et al Phytic Acid and Nutritional Rickets in Immigrants. The Lancet, 8 de abril de 1972, páginas 771-773).

O efeito inibitório da absorção de aminoácidos pode comprometer a fabricação de inúmeras substâncias formadas a partir dos mesmos, entre os quais, os neurotransmissores. A enxaqueca, a cefaleia em salvas, a cefaleia do tipo tensional, e outras dores de cabeça, além de depressão, ansiedade, pânico e fibromialgia, são causadas por um desequilíbrio dos neurotransmissores. Qualquer factor que prejudique a sua fabricação, pode aumentar ou perpetuar esse desequilíbrio.

A soja contém também uma substância chamada hemaglutinina, que pode
aumentar a viscosidade do sangue e facilitar a sua coagulação. Portadores de enxaqueca já sofrem de um aumento na tendência de coagulação do sangue e uma propensão maior a acidentes vasculares. A pior coisa para esses indivíduos é ingerir substâncias que agravam essa tendência.

Tanto a tripsina, quanto a hemaglutinina e os fitatos, que mencionaremos a seguir, são neutralizados totalmente pelo processo de fermentação natural da soja na fabricação de shoyu e missô, e parcialmente durante a fabricação de tofu.

Os fitatos, ou ácido fítico, são substâncias presentes não apenas na soja, mas em todas as sementes, e que bloqueiam a absorção de uma série de substâncias essenciais ao organismo, como o cálcio (osteoporose), ferro (anemia), magnésio (dor crónica) e zinco (inteligência).

Você não sabia de nada disso?

Mas a ciência já sabe, estuda esse fenómeno extensamente e não tem dúvidas a respeito. Já comprovou este fato em estudos realizados em países subdesenvolvidos cuja dieta é baseada largamente em grãos. (Van-Rensburg et al Nutritional status of African populations predisposed to esophageal cancer, Nutr Cancer, volume 4, páginas. 206-216; Moser PB et al Copper, iron, zinc and selenium dietary intake and status of Nepalese lactating women and their breast-fed infants, Am J Clin Nutr, volume 47, páginas 729-734; Harland BF, et al Nutritional status and phytate zinc and phytate X calcium zinc dietary molar ratios
of lacto-ovo-vegetarian Trappist monks 10 years later. 
J Am Diet Assoc., volume 88, páginas 1562-1566).

Claro que a divulgação desse conhecimento não é do interesse de toda uma indústria multibilionária da soja. A soja contém mais fitato que qualquer outro grão ou cereal. (El Tiney AH Proximate Composition and Mineral and Phytate Contents of Legumes Grown in Sudan”, Journal of Food Composition and Analysis, v. 2, 1989, pp. 67-78).
Para os demais cereais e grãos (arroz integral, feijão, trigo, cevada, aveia, centeio etc.), é possível reduzir bastante e neutralizar em grande parte o conteúdo de fitatos, através de cuidados simples, como deixá-los de molho por várias horas e, em seguida, submeter a um cozimento lento e prolongado. (Ologhobo AD et al Distribution of phosphorus and phytate in some Nigerian varieties of legumes and some effects of processing. J Food Sci volume 49 número 1, páginas 199-201).

Já os fitatos da soja não são reduzidos por essas técnicas simples, requerendo para isso um processo bem longo (muitos meses, no mínimo) de fermentação. O tofu, que passa por um processo de precipitação, não tem os seus fitatos totalmente neutralizados.


Interessantemente, se produtos como o tofu forem consumidos com carne, ocorre uma redução dos efeitos inibidores dos fitatos. (Sandstrom B et al Effect of protein level and protein source on zinc absorption in humans. J Nutr volume 119 número 1, páginas 48-53; Tait S et al, The availability of minerals in food, with particular reference to iron J R Soc Health, volume 103 número 2, páginas 74-77).
Mas geralmente, os maiores consumidores de tofu são vegetarianos que retendem consumi-lo em lugar da carne!

O resultado?

Deficiências nutricionais que podem levar a doenças como dores crónicas, como dor de cabeça e fibromialgia. O zinco e o magnésio são necessários para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. O zinco, em particular, está envolvido na produção de colágeno, na fabricação de proteínas e no controle dos níveis de açúcar no sangue, além de ser um componente de várias enzimas e ser essencial para o nosso sistema de defesas. Os fitatos da soja prejudicam a abosrção do zinco mais do que qualquer outra substância. (Leviton, Richard Tofu, Tempeh, Miso and Other Soyfoods The “Food of the Future” – How to Enjoy Its Spectacular Health Benefits, Keats Publishing Inc, New Canaan, CT,
1982, páginas 14-15).
Por conta da tradição oriental, indústria da soja conseguiu inseri-la num patamar de “alimento saudável”, sem colesterol e vem desenvolvendo um mercado consumidor cada vez mais vegetariano. Infelizmente, ouvimos médicos e nutricionistas desinformados, ou melhor, mal informados por publicações pseudo-científicas patrocinadas e divulgadas pela indústria da soja, fornecendo conselhos, em programas de TV em rede nacional, no sentido de consumi-la na forma de leite de soja (até para bebés!), carne de soja, iogurte de soja, farinha de soja, sorvete de soja, queijo de soja, óleo de soja, lecitina de soja, proteína texturizada de soja, e a maior sensação do momento, comprimidos de isoflavonas de soja, sobre a qual comentarei mais adiante neste livro. A divulgação, na grande mídia, destes produtos de paladar no mínimo duvidoso, como sendo saudáveis, tem resultado em uma aceitação cada vez maior dos mesmos por parte da população.

Que prejuízo! (Não para a indústria, é claro).

Sabe como se faz leite de soja?

Primeiro, deixa-se de molho os grãos em uma solução alcalina, de modo a tentar neutralizar ao máximo (mas não totalmente) os inibidores da tripsina. Depois, essa pasta passa por um aquecimento a mais de 100 graus, sob pressão. Esse processo neutraliza grande parte (mas não a totalidade) dos anti nutrientes, mas em troca, danifica a estrutura das proteínas, tornando-as desnaturadas, de difícil digestão. (Wallace GM Studies on the Processing and Properties of Soymilk. J Sci Fd Agric volume 22, páginas 526-535). Além disso, os fitatos remanescentes são suficientes para impedir a absorção de nutrientes essenciais.

A propósito, aquela tal solução alcalina onde a soja fica de molho é a base de n-hexano, nada mais que um solvente derivado do petróleo, cujos traços ainda podem ser encontrados no produto final, que vai para a sua mesa, e que pode gerar o aparecimento de outras substâncias cancerígenas. Este n-hexano eduz, também, a concentração de um aminoácido importante, a cistina. (Berk Z Technology of production of edible flours and protein products from soybeans. FAO Agricultural Services Bulletin 97, Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas, página 85, 1992). Felizmente, a cistina se encontra abundante na carne, ovos e iogurte integral – alimentos estes normalmente
evitados pelos consumidores de leite de soja.

Mas como? A soja não é saudável? Não é isso que dizem os médicos e nutricionistas?

Infelizmente, a culpa não é deles, e sim do jogo de desinformação que interessa à toda a indústria alimentícia. A alimentação, assim como a saúde, é um grande negócio. Dois terços de todos os alimentos processados industrialmente, contêm algum derivado da soja em sua composição. É só conferir os rótulos. A lecitina de soja atua como emulsificante. A farinha de soja aumenta a “vida de
prateleira” de uma série de produtos. O óleo de soja é usado amplamente pela indústria de alimentos. A indústria da soja é enorme e poderosa.

E como se fabrica a proteína de soja?

Em primeiro lugar, retira-se da soja moída o seu óleo e o seu carboidrato, através de solventes químicos e alta temperatura. Em seguida, mistura-se uma solução alcalina para separar as fibras. Logo após, submete-se a um processo de precipitação e separação utilizando um banho ácido. Por último, vem um processo de neutralização através de uma solução alcalina. Segue-se uma secagem a altas temperaturas e à redução do produto a um pó. Este produto, altamente manipulado, possui seu valor nutricional totalmente comprometido. As vitaminas se vão, mas os inibidores da tripsina permanecem, firmes e fortes! (Rackis JJ et al The USDA trypsin inhibitor study. I. Background, objectives and
procedural details. 
Qual Plant Foods Hum Nutr, volume 35, pág. 232).

Não existe nenhuma lei no mundo que obrigue os alimentos à base de soja
a exibirem, nos rótulos, a quantidade de inibidores da tripsina. Também
não existe nenhuma lei padronizando as quantidades máximas deste
produto. Que conveniente!

O povo… coitado… só foi “treinado” para ficar de olho na quantidade de colesterol – esta sim, presente em todos os rótulos. Uma substância natural e vital para o crescimento, desenvolvimento e bom funcionamento do cérebro e do organismo como um todo.

O povo nunca ouviu falar nos anti nutrientes e inibidores da tripsina dos alimentos de soja. A proteína texturizada de soja (proteína texturizada vegetal, carne de soja) possui um agravante a adição de glutamato monos sódico, no intuito de neutralizar o sabor de grão e criar um sabor de carne.

Alguns pesquisadores acreditam que o grande aumento das taxas de câncer de pâncreas e fígado, na África, se deve à introdução de produtos de soja naquela região. (Katz SH Food and Biocultural Evolution A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems. Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50).

Quando consumir soja, utilize apenas os derivados altamente fermentados, como o missô e o shoyu. Mesmo assim, muita atenção para os rótulos. Compre apenas se neles estiver escrito “Fermentação Natural”, e se NÃO contiverem produtos como glutamato monos sódico e outros ingredientes artificiais. Quando consumir tofu, certifique-se de lavá-lo com água corrente, pois grande quantidade dos anti nutrientes ficam no seu soro.


Fonte: http://in-earth.blogspot.com/2009/01/soja-mesmo-boa-para-consumir.html

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A Convergência da Soja


por  Dr José Carlos B Peixoto, médico
            Até os idos dos anos 70, acreditem: a soja era pouco conhecida no Brasil. A introdução deste exótico feijão em nosso país pode ter sido por volta do final do século XIX.
            O que o marketing conseguiu fazer deste produto – a melhor coisa que a indústria alimentar jamais poderia ter produzido, é espetacular. Fez  um vegetal impróprio para a alimentação humana até meados do século passado se tornar a síntese da comida saudável, sendo adicionado a praticamente tudo que se come no mundo ocidental. Um fenômeno, sem dúvida.

            Antes da soja ser a dominância  absoluta da paisagem agrícola de grande parte do solo produtivo do sul do Brasil, o produtor rural poderia produzir quase tudo o que comia. Era muito simples, poderia produzir alimentos que iriam do campo para a mesa ou para os mercados das cidades próximas. Como se sabe a  soja não sai do campo para a mesa. Precisa ir para a indústria de transformação, produção alimentícia, rede de distribuidores intermediários e pontos de venda. O plantador fornece um poderoso insumo de uma gigantesca máquina mercantil, e só come seu produto após chegar ao supermercado. Super vantajoso… para o setor secundário e terciário, evidentemente.
            Para validar este formidável transformação ecológica foi criado um dos maiores mitos da saúde aplicada à alimentação. Isto validou uma corrupção no senso comum atual, que foi construída perversamente em cima de meias verdades, pesquisas incompletas, sofismas históricos, coaptação de um idealismo new age (naturalismo dogmático, purismo vegetariano etc…) e milhões de dólares em propaganda.
            Tudo começa quando se estuda a história da soja do Oriente. Era um dos cinco grãos sagrados, mas não para comer, mas sim para fixar nitrogênio no solo para favorecer o plantios dos grãos comestíveis. Só se transformou em algo comestível a partir das descobertas das técnicas de fermentação com sulfato de cálcio ou magnésio (por volta de 200 AC), quando surgiu o misso e o tofu, sempre comidos com proteínas animais, já que só assim este novo alimento seria seguro. A proteína isolada de soja jamais foi conhecido na tradicional comida oriental pelo singelo fato de só ser possível sua existência após as técnicas industriais do século XX no ocidente. Assim a famosa carne de soja é um brinde tecnológico  que nunca foi a base alimentar oriental. Alias no Japão e China a média do consumo de soja não passa de duas colheres de chá por dia (consumida nos complementos alimentares). O consumo de soja majoritário só ocorria em monastérios de monges celibatários vegetarianos, visto que ela é um excelente supressor da libido.
            Sally Fallon e Mary Enig, excepcionais estudiosas da área da nutrição que chegaram a impressionantes resultados em pesquisas a  respeito das tradições alimentares, fizeram um incrível relato de suas pesquisas  sobre a soja. Alguns dados são assustadores: a alimentação baseada em soja para crianças afeta de modo dramático as taxas de hormônios femininos, na forma de fitoestrogênios, que chega a ser 22.000 vezes maiores que as normais (em meninos e meninas, sendo comparado a ingestão de cinco pílulas anticonceptivas por dia). Mães vegetarianas usuárias deste tipo de alimento afetam sua prole de modo similar ao terrível dietilbestrol dos anos 50.
            O fitohormonio isoflavona está longe de ser saudável. Os antinutrientes da soja são perigosos em vários aspectos para ossos, tireóide, sistema cardio vascular, e sistema imuno-endócrino. E possivelmente seja um incrementador de vários tipos de câncer, (mama,  entre outros).
            A convergência da soja está a serviço de um interesse óbvio para qualquer observador da área econômica. Centralizar o máximo possível a indústria alimentar em único produto chave, e este produto ser de propriedade de poucos – haveria melhor negócio? Atualmente a soja transgênica é posse de duas empresas apenas. É tão poderosa esta engrenagem, que o governo brasileiro legalizou a produção obtida a partir de sementes vindas do comércio ilegal. (Imagine se pessoas comuns resolvessem se beneficiar de frutos de comércio ilegal?)
            A busca pela saúde passa naturalmente pela questão alimentar, no entanto não devemos esquecer uma máxima de economia básica: não há negócio mais garantido do que vender alimentos, já que todos precisamos comer. Infelizmente estamos numa fase de tremendo obscurantismo no conhecimento do que realmente é saudável para comermos, visto que a confusão tem sido a estratégia assumida por este setor produtivo.
            Conhecer as tradições alimentares, principalmente pelos povos que estavam verdadeiramente integrados aos seus ambientes ecológicos pode ser o óbvio ponto de partida para não cairmos em verdadeiros contos do vigário como aquela propaganda super mal intencionada dos óleos vegetais: “este produto não contém colesterol”. Enquanto o lucro for mais importante que a verdade, dificilmente a saúde será o comum no dia a dia em nossa sociedade.
__________
(Baseado no artigo “Newest research on why you should avoid soy” por Sally Fallon e Mary Enig, Nexus Magazine, vol 7, (April-May 2000), disponível no site http://www.mercola.com/article/ soy/avoid_soy.htm)

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Sobre a Soja – Sonia Hirsch



 entrevista com Sonia Hirsch (*)

(*) pesquisadora, jornalista e escritora
especializada em promoção da saúde


   NÃO COMA FEIJÃO DE SOJA

A soja é muito ácida. Só serve para comer depois de ser fermentada em
forma de missô, shoyu, tempê e nato.

—-

Sonia Hirsch, você agora é contra a soja?

Nunca fui a favor, a não ser nas formas fermentadas: misso, shoyu, tempê, natô. Já no meu primeiro livro, Prato feito, que é de 1983, aviso que a soja não deve ser consumida como feijão.

Mas seus livros dão muitas receitas de tofu.

Tofu é bom de vez em quando, porque parte da acidez da soja sai no soro. O tofu é feito de leite de soja talhado. Funciona muito bem para substituir o queijo quando a gente está querendo parar de comer laticínios, mas não dá para abusar. O mundinho natural e macrô adora, mas eu mesma como pouco, porque minha pele não gosta.
E a carne de soja? Você dá uma receita de picadinho de carne de soja
no Prato feito.

Essa receita foi uma exceção, é a única que você encontra em todo o meu trabalho. Está lá como uma homenagem ao Bira, cozinheiro macrô que morou muito tempo no Rio e ficou famoso pelo picadinho. Eu mesma já não gostava de carne de soja na época, início dos anos 80; achava aquele negócio muito esquisito. Mas o Bira fez o picadinho num evento do Circo Voador na Quinta da Boa Vista, a galera gostou e eu pensei: vou botar a receita, afinal ele merece… Depois fiz a autocrítica no próprio livro, a partir da décima edição. Demorou…
Mas afinal, por que você está revoltada com a soja?
Estou revoltada com o uso que estão fazendo dela. Porque o consumo liberal de soja é muito prejudicial à saúde, tanto em forma de comida e bebida quanto em fórmulas farmacêuticas para suplementação hormonal.
Prejudicial, como assim? A soja não é o tesouro da Ásia?

O cultivo da soja na Ásia é muito antigo, tanto que ela é um dos cinco grãos sagrados dos chineses, junto com arroz, trigo, cevada e painço; mas não para fins alimentares. Seu dom é agrícola. Por ser muito rica em proteínas, a soja, que é uma leguminosa como todos os feijões, é também muito rica em nitrogênio, elemento essencial para a fertilidade do solo. Plantar a soja entre as outras culturas e cortá-la quando as favas de feijão se formam, deixando-a apodrecer no solo, traz o maior benefício para a lavoura. Sem ela a terra se esgotaria. Como alimento, porém, ela tem inúmeros inconvenientes. Como todos os feijões, mas muito mais acentuados.
Os feijões são inconvenientes?

Hipócrates já dizia que os feijões são tão ricos em nutrientes que poderíamos viver só deles – se não fossem tão tóxicos. Por isso, recomendava comer os feijões em pequena quantidade e sempre acompanhados por algum cereal, para equilibrá-los. A uma pessoa doente, Hipócrates proibia os feijões. O dr. Barcellos, médico, em sua dieta contra o câncer e todas as alergias, proíbe os feijões todos. Inclusive o amendoim e os feijões verdes, como a vagem, a ervilha fresca, o petit-pois. Aponta como problema a qualidade extremamente
ácida e tóxica das proteínas dos feijões. E realmente, se você pára de comer feijão as indisposições melhoram. Feijão é coisa para gente saudável!
Mas e a soja?

Então, a soja é o mais protéico de todos os feijões, por isso o mais tóxico. Hoje existem muitos estudos esclarecendo vários pontos. Um: a soja contém altos níveis de ácido fítico, ou fitatos, que reduzem a assimilação de cálcio, magnésio, cobre, ferro e zinco em adultos e
crianças, prejudicando a saúde e o crescimento. E os métodos convencionais, como deixar de molho, germinar os grãos ou cozinhar longamente em fogo baixo, não neutralizam o ácido fítico da soja; somente a fermentação tem esse poder. Dois: a soja contém inibidores
de tripsina que interferem na digestão das proteínas e podem causar distúrbios pancreáticos e retardo no crescimento. Três: desde 1953 é conhecido o impacto negativo das isoflavonas sobre a saúde humana. A esse respeito, você encontra uma lista de 150 estudos científicos que não podem ser ignorados emwww.westonaprice. org/soy/dangersi soflavones. html#studies  .
Mas as isoflavonas não são fitoestrógenos, bons para reposição hormonal?

Os fitoestrógenos da soja atrapalham as funções endócrinas, têm o potencial de causar infertilidade e de promover câncer de seio em mulheres adultas. São poderosos agentes inibidores da tiróide, causando hipotiroidismo e podendo provocar câncer de tiróide.
Nesse caso, as mulheres japonesas, que consomem tanta soja, não
deveriam estar mal de saúde?

Pra começar, elas não consomem tanta soja; vivem muito mais de arroz, algas marinhas, vegetais, peixes e frutos do mar. Da soja usam basicamente misso, que é a massa fermentada e salgada de soja; shoyu ou tamari, que são molhos fermentados de soja; e nattô, que é o próprio feijão de soja fermentado, com gosto e sabor fortíssimos. Aqui, ao contrário, as pessoas estão usando qualquer coisa de soja achando que é bom – leite de soja, tofu, proteína de soja, extratos de soja. Uma japonesa obtém da soja uma média de 10 mg de isoflavonas por dia. As brasileiras estão ingerindo por dia 150 mg de isoflavonas
(genisteína, genistina, daidzaína) em cápsulas, ou seja, dez vezes mais do que a média das japoneses consome.
Mas elas têm menos câncer de seios e ovários.

Sim, mas é porque a alimentação delas, como um todo, é menos rica em estrogênio e seus análogos do que a dieta ocidental, abundante demais em leite, laticínios, carne vermelha, frango e ovos, todos conectadíssimos ao surgimento de doenças crônicas e degenerativas.
E os milhões de crianças que se alimentam de leite de soja, correm algum risco?
Vários. Um deles é o desenvolvimento de distúrbios na tiróide. Não sei se você notou que há uma epidemia de problemas na tiróide hoje em dia. De onde vem isso? Do stress, mas também da alimentação. Um estudo mostra que bastam 30 g de tofu por dia, durante um mês, para causar problemas na tiróide.
Um ponto positivo parece ser a presença de uma forma de vitamina B12 na soja…

A vitamina B12 só existe nos organismos animais. A gente produz B12 dentro do corpo. Nos vegetais você a encontra em uma ou outra microalga, ou então em forma análoga. Acontece que os análogos da vitamina B12 que a soja contém não são absorvidos e ainda aumentam a necessidade de B12 no organismo. Pior: comidas à base de soja aumentam
também a necessidade de vitamina D.
E a proteína da soja, serve para alguma coisa?
Não entendo por que alguém vai querer uma proteína tão desnaturada, já que é processada em alta temperatura até virar proteína isolada de soja, proteína vegetal texturizada. O processamento da proteína de soja resulta na formação da tóxica lisinoalanina e das altamente carcinogênicas nitrosaminas. Fora um conteúdo extra de alumínio em grande quantidade – e o alumínio é tóxico para o sistema nervoso, para os rins, para a medula óssea…
Você tem mais algum horror pra contar sobre a soja?

Só mais um: o ácido glutâmico livre, MSG, GMS, glutamato monossódico ou simplesmente glutamato de sódio, é uma poderosa neurotoxina formada naturalmente durante o processamento da soja. Estimula a tal ponto nossos receptores de sabor no cérebro que pode matar neurônios. São documentados os casos de morte súbita por excitotoxinas, outro apelido  dessas neurotoxinas, entre as quais se inclui o aspartame. Ainda assim, esse derivado da soja está espalhado por inúmeros produtos industrializados (bem como o aspartame). E nos próprios alimentos à base de soja, mais glutamato é adicionado para realçar o sabor sem que seja preciso avisar no rótulo, já que se trata de um derivado “natural” da soja, então a lei dispensa.
Como se pode evitar o consumo de glutamato?

Lendo os rótulos, evitando produtos industrializados, preferindo comer o que está ainda na sua forma natural. E, num restaurante japonês, pedindo missoshiro sem ajinomoto, que é o próprio glutamato. Eles tentam recusar, porque a sopa de misso já está pronta, mas você repete com firmeza e eles preparam outra na hora. Não existe nada mais fácil, saudável e nutritivo do que uma missoshiro: o lado maravilhoso da soja.





Fonte: http://correcotia.com/soja/index.html


Mais sobre a soja aqui no blog

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Soja transgénica provoca esterilidade e mortalidade infantil


Este estudo era apenas de rotina“, disse o biólogo russo Alexey V. Surov, no que acabar como sendo o eufemismo do século. Surov e seus colegas tentavam descobrir se a soja trangênica (geneticamente modificada) da Monsanto, cultivadas em 91% dos campos de soja americanos (e em 71% da safra brasileira ) levaria a problemas no crescimento e reprodução. O que ele descobriu poderá colocar de cabeça para baixo uma indústria multi-bilionária.

Após a alimentar hamsters por dois anos ao longo de três gerações, aqueles na dieta trangênica, e especialmente o grupo com a dieta com o máximo de soja trangênica, apresentaram resultados devastadores. Até a terceira geração, a maioria dos hamsters alimentados com soja trangênica perdeu a capacidade de ter filhos. Eles também sofreram um crescimento mais lento, e uma alta taxa de mortalidade entre os filhotes.

E se isso não for chocante o suficiente, alguns hamsters na terceira geração ainda tinham cabelo crescendo dentro de suas bocas, um fenômeno raramente visto, mas aparentemente mais prevalentes em hamsters se alimentando de soja trangênica.

O estudo, realizado conjuntamente pelo Instituto Surov de Ecologia e Evolução da Academia Russa de Ciências e a Associação Nacional de Segurança genẽtica, deverá ser publicado em três meses (julho de 2010), de modo que detalhes técnicos terão de esperar. Mas Surov forneceu um esboço em um email (para o autor deste artigo).

Ele usou hamsters Campbell, com uma taxa de reprodução rápida, divididos em 4 grupos. Todos foram alimentados com uma dieta normal, mas um grupo foi sem soja, outro teve soja não-transgênica, um terceiro grupo usou soja transgênica, e um quarto continha quantidades mais elevadas de soja trangênica. Eles utilizaram cinco pares de hamsters por grupo, cada um dos quais produziram 7 a 8 ninhadas, totalizando 140 animais.

Surov disse ao jornal Voz da Rússia:

“Inicialmente, tudo correu bem. No entanto, percebemos um efeito bastante grave quando selecionamos novos pares de seus filhotes e continuamos a alimentá-los como antes. A taxa de crescimento destes pares foi mais lento e atingiram sua maturidade sexual lentamente.”

Ele selecionou novos pares de cada grupo, o que gerou outras 39 ninhadas. 52 filhotes nascidos para o grupo de controle e 78 para o grupo se alimentando com soja não-trangênica. No grupo da soja transgênica, no entanto, nasceram apenas 40 filhotes. E destes, 25% morreram. Esta foi uma taxa de mortalidade cinco vezes maior do que os 5% observados entre o grupo de controle. Dos hamsters que comeram alto teor de soja trangênica, apenas uma única hamster fêmea deu à luz. Ela teve 16 filhotes, dos quais morreram cerca de 20%.

Surov disse: “O baixo número na F2 [terceira geração] mostrou que muitos animais eram estéreis.”

O estudo a ser publicado também irá incluir medidas do tamanho do órgão para os animais de terceira geração, incluindo os testículos, baço, útero, etc. E se a equipe puder levantar fundos suficientes, eles também irão analisar os níveis de hormônio nas amostras de sangue coletadas.

  • Cabelo que cresce na boca

No início deste ano, Surov foi co-autor de um estudo em Ciências Biológicas Doklady mostrando que, em casos raros, cabelo crescia dentro de bolsas recuadas dentro da boca dos hamsters.

“Algumas dessas bolsas continham pêlos simples, outros, feixes grossos de pêlos incolor ou pigmentados, alcançando a superfície de mastigação dos dentes. Às vezes, a fileira de dentes foi cercada com uma escova de feixes de cabelo regular em ambos os lados. Os cabelos cresceram verticalmente e tinham pontas afiadas, muitas vezes cobertos com pedaços de mucosa “.

Na conclusão do estudo, os autores supôem que este defeito pode ser devido à dieta dos hamsters criados em laboratório. Eles escrevem: “Esta patologia pode ser exacerbada por elementos do alimento que estão ausentes nos alimentos naturais, tais como geneticamente modificados (trangênicos) ingredientes (trangênica de soja ou farinha de milho) ou contaminantes (pesticidas, micotoxinas, metais pesados, etc.)“. Na verdade, o número de hamsters com pelos na boca era muito maior entre a terceira geração de animais alimentados com soja trangênica do que em quaisquer que Surov tinha visto antes.

  • Estudos Preliminares , mas Assombrantes

Surov adverte contra conclusões iniciais. Ele disse: “É bastante possível que os trangênicos não causem esses efeitos por si só.” Surov quer fazer a análise dos componentes alimentar uma prioridade, para descobrir exatamente o que está causando o efeito e como.

Além dos trangênicos, poderiam ser os contaminantes, disse ele, ou maior resíduos de herbicidas, como o Roundup (também da Monsanto). Há, de fato, níveis muito mais elevados de Roundup nestes grãos, eles são chamados de “Roundup Ready”. Genes bacterianos são inseridos em seu DNA a fim de que as plantas possam tolerar o herbicida Roundup, da Monsanto. Portanto, a soja trangênica sempre carrega a ameaça dupla de maior teor de herbicida, juntamente com todos os efeitos secundários da engenharia genética.

  • Anos de Distúrbios Reprodutivos de Alimentos Trangênicos

Os hamsters de Surov são apenas os últimos animais a sofrerem de distúrbios reprodutivos após consumo de transgênicos. Em 2005, Irina Ermakova, também com a Academia Russa de Ciências, informou que mais de metade dos bebês de mães ratos alimentados com soja trangênica morreram dentro de três semanas. Foi também cinco vezes superior à taxa de mortalidade de 10% do grupo da soja não-trangênica. Os filhotes do grupo trangênico também foram menores (veja a foto abaixo) e não poderiam se reproduzir.

Em uma coincidência , após a triagem de alimentação de Ermakova, seu laboratório começou a alimentar todos os ratos na instalação com uma ração comercial de soja trangênica. Dentro de dois meses, a mortalidade infantil em toda a instalação chegou a 55%.

Quando Ermakova alimentou os ratos machos com soja trangênica, os testículos mudaram de cor de rosa normal para azul escuro! Cientistas italianos, da mesma forma, encontraram alterações nos testes com ratos (PDF), incluindo células danificadas jovens de esperma. Além disso, o DNA de embriões de ratos machos alimentados com soja trangênica funcionava de forma diferente.

Um estudo do governo austríaco, publicado em Novembro de 2008 mostrou que, quanto mais milho transgênico foi administrado a camundongos, menos bebês eles tinham (PDF), e menor os bebês eram.

O fazendeiro de Central Iowa Farmer Jerry Rosman também teve problemas com porcos e vacas se tornando estéreis. Alguns de seus porcos ainda tiveram gravidez falsas ou deram à luz a sacos de água. Depois de meses de investigações e testes, ele finalmente rastreou o problema como sendo a alimentação com milho trangênico. Cada vez que um jornal, revista ou programa de TV reportava os problemas de Jerry, ele recebia chamadas de mais agricultores queixando-se de esterilização de animais em suas fazenda, devido ao milho trangênico.

Os pesquisadores da Baylor College of Medicine descobriram acidentalmente que os ratos alimentados com sabugo de milho “nem procriavam ou apresentava comportamento reprodutivo. Testes com o material de milho revelou dois compostos que pararam o ciclo sexual das fêmeas, em concentrações aproximadamente 200 vezes menores do que os fitoestrógenos clássicos.” Um composto também reduziu o comportamento sexual masculino e as duas substâncias contribuíram para o crescimento de glandulas mamárias e de culturas de células cancerosas da próstata. Os pesquisadores descobriram que a quantidade das substâncias variavam nas diferentes variedades de milho trangênica. O sabugo de milho moído usado no estudo foi provavelmente enviado de Iowa central, perto da fazenda de Jerry Rosman e de outros que se queixam de animais estéreis.

Em Haryana, na Índia, uma equipe de veterinários investigar relataram que búfalo que consomem algodão trangênico sofrem de infertilidade, bem como abortos frequentes, partos prematuros, e úteros com prolapso. Muitos búfalos adultos e jovens também morreram misteriosamente.

  • Negação e Ataque aos Pesquisadores

Cientistas que descobrem resultados negativos a partir de trangênicos são regularmente atacados, ridicularizados, tem negado seus financiamentos, e até mesmo demitidos. Quando Ermakova relatou a alta mortalidade infantil entre filhotes de ratos alimentados com soja trangênica, por exemplo, ela apelou para a comunidade científica para repetir e verificar seus resultados preliminares. Ela procurou também fundos adicionais para analisar órgãos preservados. Em vez disso, ela foi atacada e vilipendiada. As amostras foram roubadas de seu laboratório, os papéis foram queimados em sua mesa, e ela disse que seu chefe, sob a pressão de seu patrão, disse-lhe para parar de fazer qualquer pesquisa de organismos geneticamente modificados. Ninguém ainda repetiu os estudos simples e baratos de Ermakova.

Na tentativa de oferecer a sua simpatia, um dos seus colegas sugeriu que talvez a soja transgênica vai resolver o problema de super-população!

Surov relatou que até agora ele não está sob qualquer tipo de pressão.

Abandonando a Massiva Experiência de Alimentação Trangênica

Sem testes detalhados, não se pode identificar exatamente o que está causando as aberrações reprodutivas em hamsters e ratos russos, camundongos italianos e austríacos e gado na Índia e América. Podemos apenas especular sobre a relação entre a introdução de alimentos geneticamente modificados em 1996, e o correspondente aumento em bebês de baixo peso, infertilidade e outros problemas entre a população americana. Mas muitos cientistas, médicos e cidadãos interessados não acreditam que o público deve continuar a ser animais de laboratório para a maciça experiência descontrolada da indústria de biotecnologia.

Alexey Surov diz: “Não temos o direito de utilizar trangênicos até que entendamos os possíveis efeitos adversos, não só para nós mesmos, mas também para as futuras gerações. Definitivamente precisamos de estudos totalmente detalhados para esclarecer isso. Qualquer tipo de contaminação tem de ser testada antes de serem consumidas, e os trangênicos são apenas uma delas.”

Fontes:
http://www.anovaordemmundial.com/2010/05/soja-trangenica-ligada-esterilidade-e.htmlHuffington Post: Genetically Modified Soy Linked to Sterility, Infant Mortality in Hamsters
Responsible Technology: Genetically Modified Soy Linked to Sterility, Infant Mortality
Illinois Times: Are genetically modified foods harmful?

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Mais sobre a soja…vegan não precisa consumir

Ultimamente tenho recebido muitas mensagens anónimas  sobre a questão da soja. Algumas são criticas duras aos artigos aqui publicados.

Alguns dos autores anónimos das mensagens consideram-se vegans  e defendem o uso da soja com “unhas e dentes”. Ser vegan não obriga a ser consumidor de soja e eu considero o veganismo como uma forma nobre e um modo de vida  recomendável se respeitarmos também os outros seres humanos e não só os animais. Por várias razões considero que não comer soja também contribui para salvar a vida de  muitos animais, para além do homem, já que o cultivo da mesma está a ter um impacto enorme em variados habitats para além da desmatação abusiva que se faz para criar campos de soja

Já expliquei qual a minha posição em relação à soja e lamento que pessoas que se consideram defensoras dos animais não consigam estabelecer uma comunicação mais pacifica e abrirem-se à possibilidade de mudança dos seus hábitos alimentares.

A intenção da partilha de artigos e visões neste blog sempre teve  ligada ao meu lado humanista e à vontade de partilhar algo de muito positivo – a Alimentação Viva, que do meu ponto de vista é uma das mais avançadas formas de vegetarianismo e se quiserem veganismo.  Não sou pago por ninguém para publicar o que lêem aqui por isso as minhas afirmações contra a soja são puramente pessoais. No entanto não sou o único a ter esta opinião pelo que regularmente referencio outros autores.  

Cada um está no seu percurso e a alimentação é uma escolha muito pessoal. O ideal seria que todos não comessem produtos de origem animal  e respeitassem os mesmos mas os hábitos da sociedade condicionaram muitas pessoas a adoptarem a alimentação omnívora como normal. É assim que se aprende  na escola e a nutrição actual professa, são hábitos culturais e tradicionais que levam tempo a mudar mas a mudança está acontecendo.  

Cada vez mais gente procura alternativas. A soja e os seus derivados surgiram como uma forma da industria alimentícia acompanhar as mudanças e tendências alimentares mas a intenção principal foi a obtenção do lucro fácil. Infelizmente algumas pessoas mais conscientes foram enganadas no processo e agora é difícil para alguns admitirem o erro.

Aqui fica mais  um pouco de informação sobre a soja, desta vez uma pequena parte da excelente entrevista feita por Mike Adams com o Dr. Russell Blaylock, médico neuro-cirurgião norte-americano, autoridade em neurotoxinas.




Abaixo um trecho da entrevista:


Mike Adams: 


Encontro muitos alimentos vegetarianos, os chamados alimentos naturais, que usam extractos de fermentos.




Dr. Russell Blaylock:


A coisa pior que estão fazendo são os extratos de soja. O feijão soja, em estado natural, tem um dos níveis mais elevados de glutamato entre todos os produtos do reino vegetal. Quando você a hidrolisa, libera o glutamato, como no caso das proteínas isoladas de soja. 


O nível de glutamato é maior do que muito do que você vai encontrar em outros produtos contendo MSG, e mesmo assim os vegetarianos a estão comendo como se fosse a coisa mais saudável do mundo.    


Foi feito um estudo durante um período de 25 anos, que observou as pessoas que consumiam a maioria dos produtos de soja, e elas foram acompanhadas por 25 anos, foram feitas tomografias computadorizadas de seus cérebros. Descobriu-se que as pessoas que mais consumiam produto de soja tinham maiores incidências de demência e atrofia cerebral.



Estas pessoas estão destruindo seus sistemas nervosos, e eu conversei com muitas delas que reclamavam de enxaquecas severas. Eu disse, “livre-se da soja”, e elas o fazem, e a enxaqueca desaparece. E ainda, você tem níveis muito altos de manganês, que é tóxico para a mesma parte do cérebro que produz o Parkinson.


Você obtém uma mistura de toxinas com produtos de soja, e as pessoas acham que estão comendo um produto saudável, nutritivo. Isso está destruindo seus sistemas nervosos, bem como outros órgãos.



Mike Adams:


Neste debate todo sobre soja versus leite de vaca, encontramos informações equivocadas em ambas as áreas.



Dr. Russell Blaylock:


Eu não recomendaria nenhum dos dois. Se você é obcecado por leite, use leite de cabra. É o mais próximo do leite humano, mas eu não recomendaria nem leite de vaca nem leite de soja. Penso que as pessoas deveriam evitar produtos de soja como se fossem veneno. (Tradução: colaboração de Tames) 


Entrevista original em inglês no site Natural News 

Versão em português Inicialmente publicada no extinto Geocities no site Ggompa



Aqui o Dr. Blaylock fala da gripe suína numa entrevista com o Dr. Mercola

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Soja e o câncer (cancro em Portugal)

Em resposta ao artigo “O Engano da soja” publicado anteriormente aqui no blog começam a surgir testemunhos:

É incrível, mas quando procurei no Google artigos em português sobre a soja relacionada ao crescimento de tumores, só achei artigos que falam bem,que, inclusive, a soja ajudaa combater o câncer de mama! Já quando procurei artigos em inglês, achei vários que apontam a soja como possivel causadora do câncer de mama…
Eu mesma sou alguém que pode falar de algo similar, pois na época em que consumi soja diariamente (havia parado de consumir lacticínios e estava hipnotizada pela moda da soja), surgiu um nódulo no meu seio direito. Eu estava comendo soja há um ano, mais ou menos, diariamente. Tinha apenas 22 anos, sem antecedentes familiares, estilo de vida super saudável, etc. Retirei o nódulo e ele era benigno, ainda bem… Mas, fiquei muito intrigada com aquilo, por isso resolvi ler a respeito da soja. Encontrei alguns estudos que alertavam para o perigo do consumo de soja, pois ela contém fitohormônios e pode causar vários problemas, câncer inclusive.
Inclusive é contra-indicado o consumo de soja para sobreviventes do câncer e pessoas que estejam passando por tratamento, pois os fito hormônios podem ajudar a espalhar o câncer ou fazê-lo voltar…

Participante da nossa comunidade Nutrição Com Amor, no Orkut

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ALIMENTOS COZIDOS, CRÚS OU TRANSGÊNICOS?


Os alimentos transgênicos, abreviados em OGM (organismos geneticamente modificados) são aqueles em que o DNA veio alterado sob o pretexto de tornar-lhes resistentes a insetos, virus, fungos, pesticidas e herbicidas: isto significa por exemplo fazer desaparecer de circulação papoulas e outras “erbáceas”, e insetos “inuteis”. A intenção poderia parecer boa, mas o resultado é uma alteração do ecosistema que mata a biodiversidade, elimina muitas plantas e insetos uteis (que morrem comendo estas sementes ou plantas), fazendo outras plantas ou microorganismos excessivamente resistentes. E a esse propósite, existe já a dificuldade de encontrar por exemplo a semente de soja “normal”! parece reviver certos filmes de ficção cientifica onde existem cientistas loucos que criam robôs quase humanos que enlouquecem e matam o seu criador! Criamos as plantas-Frankenstein que substituiram a original! Obviamente, tudo isto não tem nada a ver com a enxertia, que é uma outra técnica, não invasiva, que não devasta o ambiente ou a espécie.

QUANTOS SÃO OS CAMPOS CULTIVADOS COM OGM?

  • Em 1996 resultam usados pela cultivação de OGM 1.7 milhões de hectares.

  • Em 1997 sobem a bem 11 milhões.

  • Em 1998, no mundo veio cultivado bem 27.8 milhões de hectares de plantas transgênicas (soja, milho, algodão, etc..) só nos E.U.A. são bem 20 milhões, o que significa que os 50% da soja colhida é de origem transgênica.


A lista negra

Para dar-lhes uma idéia do estado actual de difusão dos vegetais geneticamente modificados, recolhemos informações e examinamos em internet. Aqueles que resultam frequentemente modificados são: soja, milho, batatas, tomates. Sendo os derivados da soja ingredientes emulsionantes e componentes de muitos alimentos a encontraremos em tudo: biscoitos, macarrão, pizza, sorvetes, doces, sem excluir nem mesmo a lecitina, nem o leite de soja, alternativa infantil ao leite da vaca (sai do fogo e cai nas brasas!!), sem excluir os “naturais” substitutos para vegetarianos: tofu e bistecas de soja (primeiro “inventaram” o fantasma do colesterol e depois o tratamento) e então o óleo de soja e tudo aquilo que foi frito com ele, salgadinhos e “chips” vários (onde é OGM até a batata) e então também a salsa de soja. Em conclusão, muitos produtos dietéticos: barras ou “shakes” de proteína e chocolate (o chocolate nestlé está na lista) e alimentos que contenham margarina (e portanto Fleischmann), e produtos para cães, gatos e crianças: não se salva ninguém!!

Passamos ao milho: temos o amido de milho, o óleo não biológico, a polenta, o levedo artificial, o xarope de glucose, o xarope de milho. E com o xarope de milho passamos aos adoçantes. O xarope de milho se encontra em quase todas as bebidas e sodas, inclusive aquelas “saudáveis”, e em todos os produtos doces ou adoçantes, do yogurt à aspirina. O aspartame (e então Equal, Nutra Sweet) que é um adoçante artificial: na coca-cola contém todos os dois, isso é, seja aspartame que o xarope de milho (além da cafeína, naturalmente!). Que bela bebida para crianças!!

Em resumo, os produtos assim modificados, e não qualificáveis como verdadeiros alimentos, são mais de 30.000!!! Aqueles “vegetais”, sem contar aqueles animais.

Se damos uma olhada no mundo animal encontramos que animais de criação para o abate como frangos, bovinos e peixes frequentemente vem nutridos com rações que contém OGM, além dos “preparados” farmacêuticos de gosto ruim e que encerram antibióticos e hormônios, e quem mais tem que coloque.
E o porco da criação para o abate ele mesmo é modificado geneticamente com DNA humano: dizem que o fazem para o nosso bem, porque só nos E.U.A. existem bem 40.000 pessoas que não vêem a hora de haver um coração, pulmões, rins, pâncreas, fígado, tecido ósseo, transplantados de um porco geneticamente modificado, porque, dizem, assim o corpo humano se reconhece no porco e não terá rejeição!!
Mas e aquilo que sobra? Bem, alguém o comerá! Assim, teremos talvés a banha de porco de Colonnata e o presunto de Parma transgênico! (produtos de origem italiana).

O pirata do Canadá

A agricultura tradicional morrerá? Se as coisas vão como querem certas multinacionais, pode acontecer exactamente assim. A idéia é fornecer, a cada ano, ao agricultor “industrial” a semente para plantar. Sendo esta semente protegida por uma patente (e quem disse que a vida é patenteável?) claramente o agricultor se mancha com uma contravenção terrível, se faz como os seus antecessores e procura de “despedaçar a corrente”, não comprando mais a semente. Vejamos como se apresenta, na prática , pelo menos em um país mais avançado que o nosso: qual é a sua idéia sobre o Canadá? Vem em mente imagens poéticas de péles-vermelhas em meditação sobre um cavalo adornado em pelicia de bisonte com o olhar perdido no horizonte, belos e majestosamente decorados como perús? Olhem um, enquanto suspira olhando os seus campos congelados em uma manhã de janeiro no centro do Canadá: é Percy Schmeiser, um agricultor de 68 anos, foi processado por ter usado, como sempre o fez por toda a vida, e como foi feito por milhares de anos em todo o mundo, sementes da colheira anterior para aquela sucessiva, um gesto sagrado e ritual que foi imortalizado por poétas e pintores de todos os séculos. Foi perseguido penalmente por um gigante no campo das multinacionais agro-alimentares, a Monsanto, por pirataria de sementes.

Schmeiser se defende como pode, até negando – e talvés é verdade – de nunca ter comprado as suas sementes. “Pode ser que voôu o pólem do campo do vizinho” e nem é impossível. “Querem fazer de mim um exemplo para intimidar os outros”. Qual que seja a verdade, aqui estamos de frente a um forte perigo, uma ameaça verdadeiramente mortal, pelo menos para a nossa agricultura tradicional.

Como semear a esterilidade

Em 4 de março de 1998 o escritório de patentes americano pôs em acordão com o Ministério da Agricultura e a uma empresa privada do mississipi, a Delta and Pine Land, uma patente particular que foi imediatamente denominada “Terminator”. Quem viu o filme com Schwarzenegger compreende o conceito. Este método permite de criar sementes geneticamente modificadas das quais nascem plantas aparentemente normais e de que se faz uma colheita normal, salvo que têem uma semente que não germina. A planta portanto, por ex. o trigo, o milho, a soja, o lúpulo é estéril. Este “sucesso” vem obtido inserindo na planta uns gens estranhos que liberam ao momento oportuno uma toxina, a qual age na semente, matando-a próprio quando está para maturar. A colheita não é mais utilizável para semear no ano sucessivo. A Monsanto, multinacional da quimica e farmaceutica, se economiza assim do ônus, de ter de levar ao tribunal os agricultores “rebeldes”, aqueles que compram as sementes e depois utilizam parte da colheita para semear no ano seguinte. Mas quem tem vontade de comer uma semente suicida? Nós seguramente não. Em maio de 1999 a Monsanto pegou a patente na empresa proprietária e a depositeu em 87 países, entre eles a Itália, onde a Monsanto é proprietária de cerca 200 patentes e tem à sua disposição mais de 160 campos de cultivo experimental de OGM. E tudo com a benedição das nossas autoridades ministeriais, bem mais tolerantes em relação a este tipo de novidade perigosa e não em relação a uma terapia atóxica como aquela de Di Bella.

Batatas modificadas danosas?

Isso é o quanto sostém o prof. Arpad Puztai após ter feito uma pesquisa, alimentando ratos com as batatas geneticamente modificadas. Nas batatas foram “implantados” gens de plantas venenosas em grado de proteger a planta da batata dos pulgões e dos nematelmintes. Enquanto a modificação consentiu à planta de se defender dos ataques destes parasitas, a própria batata se resultou tóxica para os ratos que mostraram um claro enfraquecimento do sistema imunitário. O prof. Puztai sostém justamente que os métodos de controle da não-toxicidade das plantas com mudanças genéticas sejam modificados para garantir melhor a saúde dos consumidores.

Porque é importante a rótulagem?

Os alimentos transgênicos, por disposição da comunidade européia, devem fazer-se reconhecer na etiqueta dos produtos alimentares, somente se não “substancialmente” equivalentes aos alimentos normais análogos. O Dr. John Fagan porém, sostém que o principio da “substancial equivalencia” é muito vago, aberto a várias interpretações, e que portanto, não oferece uma proteção adequada aos consumidores. O processo de modificação genética não é por nada exacto; fragmentos do DNA estranho vão implantados no DNA da planta ou do animal a modificar, mas não tem possibilidade de controlar onde, na longa cadeia do DNA, estes fragmentos vão a finir, e nem mesmo quais novas propriedades portam à planta ou animal em questão. Efeitos colaterais não previstos não são portanto, de se excluir à priore, como o principio da “substancial equivalencia” faria pensar. Se pede, por isso, que venham solicitadas às empresas que produzem e colocam no mercado os trangênicos, os estudos clínicos sobre efeitos dos seus produtos, e se metam em evidência que mesmo após estas pesquisas seja importante que os alimentos venham etiquetados como geneticamente modificados para dar ao consumidor a possibilidade de escolher se aquistar-lhes ou não.

Fonte: www.nexusitalia.com

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Alerta sobre a soja

Eu próprio já consumi soja em grandes quantidades mas felizmente a Internet traz-nos revelações que nos permitem ponderar sobre o uso de certos produtos. Conclusão – a soja não é segura como alimento.
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A soja começou a ser utilizada como alimento durante a dinastia Chou (1134-246 AC), depois que os chineses aprenderam a fermentar os grãos de soja para produzir alimentos como missô e shoyu. Os orientais consomem alimentos de soja em pequenas quantidades, como condimento e não para substituir produtos animais. A maioria dos alimentos modernos de soja não são fermentados para neutralizar toxinas contidas nos grãos de soja e são processados de tal forma que as proteínas são alteradas e os níveis de cancerígenos aumentam.
* Inibidores de tripsina na soja interferem com a digestão de proteínas e podem causar distúrbios no pâncreas.
* Alimentos de soja aumentam a necessidade de vitamina D no organismo, porém a vitamina D sintética, acrescentada ao leite de soja, é tóxica.
* Os análogos à vitamina B12 na soja não são absorvidos e até aumentam a demanda de vitamina B12 no corpo.
* Alimentos de soja contém altos níveis de alumínio, que são tóxicos para o sistema nervoso e os rins.
* O processamento da proteína de soja resulta na formação de lisinoanalina tóxica e de nitrosaminas altamente cancerígenas. Durante o processamento, também é formado glutamato monossódico, MSG, um potente neurotóxico, e quantidades adicionais são acrescentadas a vários alimentos de soja.
* Altos níveis de ácido fítico na soja reduzem a assimilação de cálcio, magnésio e cobre, bem como a biodisponibilidade de ferro e zinco, necessários para a saúde e o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso. O ácido fítico na soja não é neutralizado por métodos comuns, como deixar de molho, germinar e cozinhar por muito tempo. Alimentos que contém grandes quantidades de ácido fítico causaram problemas de crescimento em crianças.

* Megadoses de fitoestrógenos, no pó de soja para lactentes, são implicados no atual aumento do desenvolvimento sexual prematuro em meninas e no retardamento do desenvolvimento sexual em meninos. Fitoestrógenos na soja interferem na função endócrina e podem causar infertilidade e podem provocar câncer de mama. Vários estudos revelaram que a soja causa infertilidade em animais. O consumo de soja aumenta o crescimento de cabelo em homens de meia idade, indicando níveis reduzidos de testosterona. Tofu era consumido por monges budistas para reduzir a libido.
Fitoestrógenos na soja são potentes agentes antitireóides que causam hipotireoidismo e podem causar câncer da tireóide. Em nenês, o consumo de leite de soja foi associado a uma doença auto-imune da tireóide. Alimentos de soja podem estimular o crescimento de tumores relacionados ao estrógeno e causar problemas na tireóide. A baixa função da tireóide está relacionada a dificuldades na menopausa.
* Em animais, a alimentação com soja mostra que fitoestrógenos na soja são poderosos disruptores endócrinos. A amamentação com soja — que inunda a corrente sangüínea com hormônios femininos, que inibem a testosterona — não pode ser ignorada como possível causa de desenvolvimento alterado em meninos, incluindo o TDAH, transtorno no déficit de atenção e hiperatividade. Meninos expostos a DES, um estrógeno sintético, tinham testículos menores que o normal na fase de maturação.
* Nenês do sexo masculino passam por uma “onda de testosterona” durante os primeiros meses de vida, quando os níveis de testosterona podem atingir aqueles de um homem adulto. Durante este período, o nenê masculino está programado para desenvolver características masculinas na puberdade — não apenas no desenvolvimento dos órgãos sexuais e de outros traços físicos masculinos, mas também na determinação das características cerebrais do comportamento masculino.

* Nenês (bébés) alimentados com leite de soja têm 13.000 a 22.000 vezes mais compostos de estrógeno no sangue do que nenês que recebem leite em pó comum. O nenê alimentado exclusivamente com mamadeira de soja, recebe diariamente o estrógeno equivalente a, pelo menos, cinco pílulas anticoncepcionais por dia.
* Quase 15% de meninas brancas e 50% de meninas afro-americanas mostram sinais de puberdade, como desenvolvimento dos seios e pêlo púbico, antes dos oito anos de idade. Algumas meninas mostram desenvolvimento sexual antes dos três anos de idade. O desenvolvimento prematuro de meninas foi relacionado ao uso de mamadeira de soja e à exposição a pseudo-estrógenos ambientais como PCBs e DDE.
* O consumo elevado de fitoestrógenos durante a gravidez pode produzir efeitos adversos no feto e, mais tarde, sobre o início da puberdade.
O FDA nunca aprovou a proteína isolada da soja como GRAS (Generally Recognized as Safe), devido à preocupação com a presença de toxinas e cancerígenos na soja processada.
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Fonte: Soy Alert!, Projeto da fundação Weston A Price, Washington, 1999

Texto original do site www.taps.org.br

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